Um levantamento realizado pela TV Globo, com base em dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE), revela que quinze das 92 prefeituras do estado do Rio de Janeiro têm mais de 50% de seus funcionários como temporários.
Um levantamento realizado pela TV Globo, com base em dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE), revela que quinze das 92 prefeituras do estado do Rio de Janeiro têm mais de 50% de seus funcionários como temporários. Em algumas cidades, até 10% da população trabalha para a prefeitura sem ter passado por concurso público, o que levanta preocupações sobre a qualidade dos serviços e a transparência na gestão pública.
Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, é um exemplo notável. Com uma população de aproximadamente 300 mil habitantes, a cidade tem quase 4 mil funcionários temporários, o que representa 12% da população total. Em novembro do ano passado, a prefeitura abriu um edital para diversos cargos, incluindo agentes de limpeza e guarda-vidas, com 79 contratações temporárias para a fiscalização urbana.
Carapebus, no Norte Fluminense, enfrenta uma situação similar, com quase 10% da população empregada pela prefeitura. O município conta com 1.377 funcionários temporários e 2.380 servidores concursados, para uma população de 13 mil pessoas.
De acordo com o TCE, Belford Roxo lidera o ranking com quase 80% de seus funcionários contratados sem concurso público. Pinheiral (77,9%), Guapimirim (76,35%) e São Francisco de Itabapoana (71,42%) seguem na lista. Outras cidades com alta proporção de temporários incluem Arraial do Cabo (71,2%), Magé (68,6%), Seropédica (68,1%), Maricá (58,7%), Carapebus (57,8%) e Cabo Frio (55,93%).
Guilherme France, gerente da Transparência Internacional Brasil, comenta que a alta quantidade de funcionários temporários sugere que há recursos suficientes para a contratação de servidores públicos efetivos, mas que a escolha de optar por temporários pode comprometer a qualidade dos serviços prestados.
Em resposta às críticas, as prefeituras fornecem explicações variadas: