O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que não haverá falta de energia elétrica ou necessidade de racionamento devido à grave seca que afeta o país.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que não haverá falta de energia elétrica ou necessidade de racionamento devido à grave seca que afeta o país. No entanto, ele destacou que a volta do horário de verão é uma possibilidade, caso a situação se agrave.
Durante uma entrevista ao Poder360, Silveira explicou que o Brasil enfrenta a pior estiagem dos últimos 94 anos, o que faz com que todas as alternativas precisem ser consideradas.
Embora a volta do horário de verão esteja sendo avaliada, ainda não há uma decisão sobre sua reimplantação, suspensa desde 2019 por uma decisão do Governo Bolsonaro.
O ministro de Lula afirmou que, embora não haja uma definição, a ideia de retomar o horário especial não está descartada, considerando que, apesar de controversa, tem apoio de uma pequena maioria da população e benefícios econômicos, especialmente para setores como turismo, bares e restaurantes.
Segundo Silveira, o horário de verão se torna essencial em situações de risco de falta de energia, o que não é o cenário atual. Ele explicou que a adoção desse mecanismo dependeria de uma combinação de fatores e poderia ajudar a reduzir a pressão sobre o sistema elétrico ao diluir o pico de consumo no início da noite, quando a geração de energia solar diminui.
O ministro detalhou que, ao perder a contribuição das fontes intermitentes, como a solar, no final da tarde, ocorre um aumento da demanda, coincidindo com o retorno das pessoas às suas casas, momento em que o consumo de energia, como o uso de ar-condicionado e chuveiros, se intensifica.
A adoção do horário de verão, segundo ele, poderia amenizar essa demanda e reduzir a necessidade de acionamento das usinas térmicas.
Ele também ressaltou que, em vez de racionamento, o governo está adotando medidas de racionalização das fontes e da estrutura do sistema elétrico, buscando evitar aumentos excessivos na conta de luz devido ao uso desnecessário de usinas térmicas.
O objetivo, segundo Silveira, é garantir a segurança energética sem que a tarifa sofra oscilações desnecessárias.
O horário de verão foi criado para conter o consumo de energia, principalmente no período noturno, e proteger o sistema elétrico, ao adiantar o relógio em uma hora e permitir que a população aproveitasse mais a luz do dia.
Implantado pela primeira vez em 1931, no governo Getúlio Vargas, e retomado em caráter permanente em 1985, na gestão José Sarney, o mecanismo está suspenso desde 2019.
Apesar das controvérsias entre especialistas sobre sua eficácia, analistas do setor elétrico avaliam que o horário especial não oferece mais os mesmos benefícios de proteção ao sistema ou redução no consumo de energia, motivo pelo qual foi originalmente criado.