O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, declarou nesta quinta-feira que a responsabilidade principal no combate a incêndios florestais cabe aos governos estaduais, com o governo federal atuando apenas como “coadjuvante” nesse processo.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, declarou nesta quinta-feira que a responsabilidade principal no combate a incêndios florestais cabe aos governos estaduais, com o governo federal atuando apenas como “coadjuvante” nesse processo. Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da EBC, Lewandowski admitiu que o Executivo foi “surpreendido” pela intensidade das queimadas e destacou a suspeita de que muitas delas tenham origem criminosa.
“O que é preciso agora é tentar coordenar as forças de combate aos incêndios. Nós, do governo federal, somos coadjuvantes neste processo. Porque não é o papel primário da União, do governo federal, combater os incêndios. Quem combate e reprime os incêndios são as Polícias Militares, sobretudo os bombeiros militares que existem em grande número no país”, afirmou o ministro.
Lewandowski também destacou a disparidade entre os efetivos de segurança nos estados e no âmbito federal. “Temos hoje cerca de 500 mil policiais militares em todos os estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal, enquanto há 12 mil policiais federais e outros efetivos menores na polícia penal federal e na Força Nacional”, explicou.
O ministro sugeriu ainda que uma solução para reforçar a prevenção aos incêndios pode ser a criação de bombeiros municipais, em um formato semelhante ao das guardas municipais, ampliando a capacidade de atuação das prefeituras.
Quanto à origem dos incêndios, Lewandowski foi enfático ao apontar indícios de ação criminosa. “Porque o fogo não pode ocorrer ao mesmo tempo em todo o país, desde a Amazônia até o Cerrado, passando pelo Pantanal. E com focos isolados. Isso representa que os incêndios foram criminosos em sua maior parte”, afirmou. Segundo ele, não foram registrados fenômenos naturais, como relâmpagos, que pudessem justificar as queimadas em larga escala.