Boulos Afirma Que quer dialogar com eleitores de Pablo Marçal

O candidato à Prefeitura de São Paulo, deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), se pronunciou nesta terça-feira (8) sobre a situação política da cidade, destacando que os eleitores que votaram em Pablo Marçal (PRTB) optaram por uma mudança. A declaração foi uma resposta ao atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que alegou que o perfil do eleitorado de Marçal é semelhante ao seu e que pretende conquistar esses votos. Ambos os candidatos disputam o segundo turno das eleições, programado para o dia 27 de outubro.

Durante entrevista à Jovem Pan News, Boulos declarou: "Os eleitores votaram pela mudança. E agora essa é uma nova eleição. Não tem mais 3, 4, 5 caminhos. Agora são dois: o de deixar as coisas como estão e o da mudança, e o candidato da mudança desse 2º turno sou eu."

O candidato da esquerda também destacou que, até o momento, a única candidata a declarar apoio a Nunes no segundo turno foi Marina Helena (Novo), que obteve apenas 1,38% dos votos. "A Tábata Amaral, que teve 10%, declarou apoio a nós. O vice-presidente, Geraldo Alckmin, ontem, declarou apoio a nós", acrescentou Boulos.

Em relação à abordagem que pretende ter com os eleitores de Marçal, Boulos afirmou que deseja dialogar com todos aqueles insatisfeitos com a atual administração da cidade. Ele criticou a gestão de Nunes, classificando-o como "um pau-mandado do centrão, sem identidade, vindo do Governo Dória", e destacou que a cidade enfrenta problemas como contratos suspeitos e a entrada do crime organizado, especialmente no setor de transporte.

"Você vê o dinheiro da nossa cidade escorrendo em contratos suspeitos, em esquemas, em entrada do crime organizado, sobretudo no circuito de transporte. Basta você ter dignidade para não aceitar um negócio desses. E é assim que vamos dialogar não só com os eleitores do Marçal, mas com o conjunto dos eleitores da cidade, 70% dos eleitores que votaram pela mudança", disse Boulos.

Além disso, o candidato abordou questões importantes como a falta de segurança em São Paulo, as longas filas de espera no SUS (Sistema Único de Saúde) e o grande número de pessoas em situação de rua. Ele também anunciou sua proposta de isentar motoristas de aplicativos de corrida, como Uber e 99, da restrição do rodízio na cidade.