Uma mulher revelou ter sido vítima de um suposto guia espiritual, que foi preso sob a acusação de estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude.
Uma mulher revelou ter sido vítima de um suposto guia espiritual, que foi preso sob a acusação de estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude. A denúncia foi feita após a vítima procurar a polícia, motivada pela descoberta de outros casos semelhantes.
Em entrevista à RPC, uma rede de televisão local, a mulher contou que o homem, identificado como Roderley , de 54 anos, alegou que ela tinha um "problema" no útero para justificar o abuso. “Ele tentou pegar nos meus seios na primeira vez, dizendo que era uma espécie de benzimento. Pediu para eu deitar no chão, abaixar um pouco a calça e erguer a blusa. Ele disse para eu fechar os olhos, e eu levei um susto quando ele tocou nas minhas partes íntimas”, detalhou.
Após o ato, a mulher questionou Roderley sobre suas intenções. “Ele respondeu que eu tinha um problema no útero e que estava tentando me ajudar. Eu fui embora e nunca mais voltei”, afirmou a vítima, que lembrou do abuso ocorrido há 13 anos, quando tinha apenas 22 anos. Desde então, a mulher decidiu procurar a polícia após se informar sobre outras vítimas.
Roderley foi preso preventivamente na última quinta-feira (10) em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. A Polícia Civil relatou que seis vítimas, com relatos semelhantes, procuraram a delegacia para denunciar o suspeito. Entre elas, duas vítimas eram adolescentes na época dos abusos, com idades entre 12 e 13 anos, enquanto as outras tinham entre 18 e 30 anos.
Durante seu depoimento, Roderley negou as acusações. Sua defesa declarou que se manifestará nos autos do processo. A delegada Claudia Kruger, encarregada do caso, afirmou que o homem se aproveitava da vulnerabilidade emocional das vítimas para cometer os crimes.
O suposto guia espiritual foi buscado pela mulher entrevistada por conta de problemas em seu relacionamento, e ela participou de várias sessões ao longo de três meses antes do abuso. Ao longo das investigações, o suspeito foi identificado por diferentes papéis, como curandeiro e pai de santo.
Em nota, a Federação de Umbanda do Estado do Paraná informou que Roderley não é associado à federação e não possui um terreiro formalizado. A instituição ressaltou que a Umbanda é uma religião que se fundamenta no respeito à dignidade humana e não aceita comportamentos que desrespeitem a integridade de qualquer indivíduo.