Na manhã desta quinta-feira (24), traficantes de drogas do Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio de Janeiro (RJ), dispararam em direção à Avenida Brasil em resposta a uma operação do 16º BPM (Olaria) na comunidade.
Durante uma entrevista coletiva sobre a ação, a tenente-coronel Cláudia Moraes, porta-voz da PM, informou que os disparos partiram da Cidade Alta, e a reação dos criminosos foi considerada inesperada, levando o comando da corporação a recuar e deixar a área.
Cláudia Moraes destacou que a operação começou na Cidade Alta, uma região que normalmente não apresenta resistência tão intensa. Ela ressaltou que não havia dados de inteligência que indicassem a possibilidade de tal reação.
A oficial também mencionou que uma viatura do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas foi alvejada com mais de 20 tiros pelos criminosos.
O recuo, segundo a porta-voz, foi uma decisão estratégica para garantir a segurança das pessoas que circulavam pela via, e não uma demonstração de fragilidade da PM em relação ao tráfico de drogas. Ela explicou que, diante da situação, a prioridade era restabelecer a segurança da população.
Cláudia Moraes ainda acrescentou que, no contexto do tiroteio, a primeira decisão operacional esperada era o recuo estratégico.
O tiroteio resultou no fechamento da Avenida Brasil, a principal via expressa do Rio, por cerca de duas horas. Três pessoas perderam a vida, entre elas um motorista de aplicativo, um motorista de caminhão e um trabalhador que foi atingido na cabeça enquanto dormia no ônibus. Outras três pessoas ficaram feridas.
GAZETA BRASIL