Um relatório publicado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) no ano passado revelou que quase um em cada cinco adultos nos Estados Unidos foi diagnosticado com depressão.
Um relatório publicado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) no ano passado revelou que quase um em cada cinco adultos nos Estados Unidos foi diagnosticado com depressão. Os médicos costumam prescrever antidepressivos, mas esses medicamentos podem ter uma lista extensa de possíveis efeitos colaterais, incluindo distúrbios cutâneos alarmantes e "embotamento emocional", onde as pílulas anestesiam não apenas os momentos difíceis, mas todas as sensações, incluindo a alegria.
Contudo, especialistas agora afirmam que uma solução livre de medicamentos para a depressão pode ser tão simples quanto "acender um interruptor".
É bem estabelecido que a exposição à luz afeta o humor e a função cognitiva humana. Um estudo recente descobriu que pacientes tratados com terapia de luz brilhante (TLB) relataram uma taxa de remissão de 40% da depressão não sazonal, corroborando essa afirmação.
Fortalecidos por uma pesquisa do Instituto Nacional de Saúde (NIH), que revelou que pacientes com transtorno afetivo sazonal que receberam terapia de luz brilhante ao longo de quatro semanas alcançaram remissão dos sintomas, os pesquisadores ficaram curiosos para ver como a mesma terapia poderia ser utilizada para aliviar os sintomas de pessoas que sofrem de transtorno depressivo não sazonal.
Publicada na revista JAMA Psychiatry, a pesquisa contou com dados de 858 participantes diagnosticados com transtornos depressivos. Esses pacientes foram instruídos a sentar-se em frente a uma caixa de luz fluorescente que produzia luz branca intensa a uma intensidade de 10.000 lux por pelo menos 30 minutos todos os dias.
A equipe de pesquisa observou que os pacientes tratados com TLB apresentaram uma taxa de remissão significativamente maior (40%) em comparação aos grupos de controle, que foram tratados apenas com antidepressivos (23%).
Os pesquisadores afirmaram: "Esses achados sugerem que a terapia de luz brilhante foi um tratamento adjuvante eficaz para os transtornos depressivos não sazonais, e o tempo de resposta ao tratamento inicial pode ser aprimorado com a adição da terapia de luz brilhante."
Os pesquisadores defendem que a TLB tem o potencial de ser um suplemento acessível e econômico aos antidepressivos, oferecendo uma nova esperança para aqueles que enfrentam a depressão.
"Apesar dos custos variados de tratamento ambulatorial com antidepressivos, a exposição à luz externa geralmente não envolve custos ou limitações, o que reforça a necessidade de consolidar a terapia de luz brilhante como um tratamento adjuvante eficaz para os transtornos depressivos não sazonais", afirmaram.
Desde 2005, a Associação Americana de Psiquiatria recomenda a TLB como uma opção de tratamento para pacientes com transtorno depressivo maior.
De acordo com a Forbes, quando os humanos são expostos a luzes brilhantes, essa luz entra na retina, ativando neurônios conhecidos como células ganglionares da retina. Esses neurônios transmitem informações entre a retina e o cérebro e são diretamente responsáveis pela regulação do humor.
Embora este último estudo amplie o conjunto de evidências que ligam a TLB à melhoria da saúde mental, especialistas alertam que tratamentos caseiros e caixas de luz comerciais podem não ser tão eficazes quanto aqueles empregados por profissionais de saúde. Para obter os melhores resultados, é recomendável consultar um profissional para determinar a intensidade e a duração adequadas da exposição à luz.