Uma mulher que acusa o lutador de MMA Conor McGregor de tê-la estuprado e espancado na cobertura de um hotel em Dublin, em dezembro de 2018, recebeu o direito a uma indenização de quase 250 mil euros (R$ 1,5 milhão).
Uma mulher que acusa o lutador de MMA Conor McGregor de tê-la estuprado e espancado na cobertura de um hotel em Dublin, em dezembro de 2018, recebeu o direito a uma indenização de quase 250 mil euros (R$ 1,5 milhão).
A decisão foi tomada por um júri de um tribunal civil na Irlanda nesta sexta-feira (22). A vítima relatou que o ataque, ocorrido após uma festa, a deixou com ferimentos graves e transtorno de estresse pós-traumático.
O veredicto foi anunciado após cerca de seis horas de deliberação no Supremo Tribunal de Dublin. McGregor, que negou as acusações, afirmou que nunca forçou a mulher a fazer nada contra sua vontade e que o sexo entre eles foi consensual. Ele também alegou que a mulher inventou a história. Apesar da denúncia inicial, a polícia concluiu que não havia provas suficientes para levar o caso à esfera criminal, e promotores decidiram não apresentar queixa.
Ao deixar o tribunal, McGregor, visivelmente incomodado, não fez declarações à imprensa. Durante o julgamento, ele afirmou que as acusações eram falsas e classificou a história como uma “mentira completa entre muitas mentiras”. Negou ter estrangulado a mulher ou ameaçado sua vida, alegando que nunca destacaria suas “deficiências” como atleta.
Do lado da acusação, a mulher relatou que McGregor a estrangulou várias vezes e ameaçou matá-la, dizendo que ela deveria entender como ele se sentiu ao perder uma luta no octógono. Ela afirmou que temeu por sua vida e que cedeu ao que ele queria para evitar mais violência. Um paramédico que a examinou no dia seguinte disse que nunca havia visto hematomas tão graves.
Em um depoimento emocionado, a mulher descreveu o impacto do incidente em sua vida e agradeceu à família, amigos e apoiadores. Disse que sua filha foi sua principal força para buscar justiça, e que espera ser um exemplo para outras vítimas. “Quero mostrar que você pode se defender, independentemente de quem seja a pessoa, e que a justiça pode ser feita”, afirmou.
O advogado da vítima, John Gordon, sustentou que McGregor estava irritado com uma derrota em Las Vegas e descontou sua frustração na cliente. Ele classificou o lutador como um “covarde desonesto” e pediu ao júri que o tratasse de acordo.
Apesar da decisão judicial no âmbito civil, McGregor manteve sua versão de que a relação foi consensual e sem violência, reforçando que tudo não passava de uma tentativa de difamá-lo.