O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), o senador Sergio Moro (União) e o juiz federal Marcelo Bretas se envolveram em uma troca de acusações e farpas durante a madrugada e a manhã desta sexta-feira (22).
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), o senador Sergio Moro (União) e o juiz federal Marcelo Bretas se envolveram em uma troca de acusações e farpas durante a madrugada e a manhã desta sexta-feira (22).
A polêmica teve início quando Bretas publicou em suas redes sociais um texto relacionado ao indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na postagem, ele destacou um artigo do Código Penal que trata da não punição em casos de tentativa de crime ou desistência voluntária, sem mencionar diretamente Bolsonaro.
Eduardo Paes, por sua vez, republicou o conteúdo de Bretas e aproveitou para atacá-lo: “Delinquente sendo delinquente!”. Vale lembrar que, em julho, o STF anulou decisões de Bretas contra Paes no âmbito da Lava Jato.
Moro, principal juiz da Lava Jato, saiu em defesa de Bretas nesta manhã e criticou Paes: “Delinquentes eram os seus amigos que ele prendeu”.
Bretas ainda chamou Paes de “palhaço”, e o prefeito se referiu a Moro como “lixo”, acusando-o de, junto com o juiz do Rio, comprometer a credibilidade do Judiciário nacional em razão de ambições políticas: “Vocês dois são o exemplo do que não deve ser o Judiciário. Destruíram a luta contra a corrupção graças à ambição política de ambos. Você [Moro] ainda conseguiu um emprego de ministro da Justiça e foi mais longe na política. Esse aí [Bretas] nem isso. Ele era desprezado pelo próprio Bolsonaro, que fez uso eleitoral das posições dele. E quem me disse isso foi o próprio ex-presidente. Recolha-se à sua insignificância. Aqui você não cresce! Lixo!”.
“Errado, quem destruiu o combate à corrupção foram os amigos dos delinquentes, ou seja, sua própria turma da impunidade. Ofensa de baixo calão não muda os fatos e só mostra quem ou o que você é”, prosseguiu Moro.
“Você é quem viabilizou a ruptura das instituições desse país com a sua politização da atividade de magistrado. Até hoje acho que você não percebeu o mal que fez ao país ao virar ministro do adversário do cara que você mandou prender sem provas. Essas tentativas de golpe e essas histórias assustadoras que estamos vendo agora, tem origem na sua cruzada política. Hoje se há impunidade é pq vc desacreditou a justiça. Eu tenho tranquilidade em relação a meus atos e minha trajetória política e não passo mão na cabeça de golpista e nem de delinquente nenhum. E reafirmo que seu lugar será o lixo da história!”, rebateu Paes.