O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, declarou nesta terça-feira que Israel “será erradicado” em sua tentativa de eliminar o grupo xiita libanês Hezbollah na Síria.
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, declarou nesta terça-feira que Israel “será erradicado” em sua tentativa de eliminar o grupo xiita libanês Hezbollah na Síria.
“O regime sionista em Israel está se preparando para cercar e erradicar as forças do Hezbollah em toda a Síria, de acordo com sua imaginação”, afirmou Khamenei durante um encontro em Teerã com mulheres, em celebração ao aniversário da filha do profeta Maomé.
“Mas quem será erradicado é Israel”, assegurou a autoridade política e religiosa do Irã, em uma ameaça que já fez em outras ocasiões.
Khamenei também insistiu que Israel e os Estados Unidos estão “errados” ao pensar que o chamado Eixo da Resistência “terminou” com a queda da Síria, um dos aliados regionais de Teerã.
“A alma de Hassan Nasrallah está viva. O espírito de Sinwar está vivo”, declarou o líder religioso.
O chamado Eixo da Resistência é uma aliança informal anti-Israel liderada pelo Irã, composta pelos palestinos do Hamas, pelos libaneses do Hezbollah, pelos Houthis do Iêmen e por uma miríade de milícias no Iraque, além da Síria de Al Assad.
Essa aliança sofreu duros golpes desde o início da guerra de Israel em Gaza, como os assassinatos do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, e do chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah. A Síria foi o único Estado a fazer parte dessa aliança, desempenhando um papel importante ao proporcionar ao Irã acesso terrestre ao Hezbollah.
Irã Afirma que Europa Desempenhou Papel na Crise da Síria
O Irã declarou nesta terça-feira que já passou o tempo em que potências estrangeiras ditavam as políticas de outras regiões, em resposta às declarações da Alta Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Segurança, Kaja Kallas, que alertou sobre a presença de Teerã na Síria.
“O que ela disse é uma sátira interessante e penso que, talvez, ao dizer essas palavras, ela estivesse lendo livros de história, porque já passou o tempo em que uma potência estrangeira ditava políticas em outras regiões”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Ismail Baghaei, em uma conferência de imprensa.
Baghaei aconselhou a UE a “rever e reavaliar sua abordagem e desempenho na região da Ásia Ocidental”, como o Oriente Médio é conhecido no Irã.
As declarações de Kallas referiam-se à presença do Irã e da Rússia na Síria após a queda do presidente sírio Bashar Al Assad.
“O extremismo, a Rússia e o Irã não deveriam ter lugar no futuro da Síria”, declarou Kallas em uma conferência de imprensa no final de um Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, o primeiro que presidiu desde que assumiu o cargo, há duas semanas.
Baghaei afirmou que os países europeus “desempenharam” um papel em algumas das crises recentes na Síria e destacou a presença de “numerosos terroristas europeus” que foram para o país árabe unir-se ao Estado Islâmico.
O Irã é um dos grandes afetados pela queda de Al Assad, de quem era um dos aliados mais importantes e que proporcionava ao Hezbollah acesso terrestre ao Líbano.
A Síria também fazia parte do chamado Eixo da Resistência, a aliança informal anti-Israel liderada pelo Irã e composta pelos palestinos do Hamas, pelos libaneses do Hezbollah, pelos Houthis do Iêmen e por várias milícias no Iraque.
(Com informações da EFE)