Reino Unido Confirma Novo Caso de Mpox Ligado a Viagem à África
Autoridades de saúde do Reino Unido confirmaram um novo caso da variante mais letal do vírus mpox, anteriormente conhecido como varíola dos macacos. O paciente, identificado em East Sussex, está sob cuidados especializados no Guy’s and St Thomas’ NHS Foundation Trust, em Londres.
De acordo com a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA), o paciente é o sexto caso registrado no país dessa variante, conhecida como Clade 1b, e havia retornado recentemente de Uganda, onde o vírus está em circulação na população.
De acordo com o tabloide britânico Daily Mail, as autoridades confirmaram que estão rastreando possíveis contatos próximos do paciente que possam ter sido expostos ao vírus. Esses contatos serão submetidos a testes e, se necessário, receberão tratamento preventivo. No entanto, não foram divulgados mais detalhes sobre a identidade ou estado de saúde do paciente.
O primeiro caso dessa variante foi identificado em 30 de outubro de 2024, em um viajante que retornava da África. Esse episódio resultou em outros três casos dentro do mesmo núcleo familiar. Já o quinto caso, detectado em novembro, também foi associado a uma viagem internacional.
Apesar do aumento nos registros, a UKHSA destacou que o risco para a população em geral permanece baixo. “Casos ligados à África são esperados, mas graças ao trabalho rápido de nossos clínicos e laboratórios especializados, conseguimos detectar e agir prontamente”, afirmou a Dra. Meera Chand, diretora-adjunta da agência.
Desde o início do surto, a variante Clade 1b já causou mais de mil mortes na África Central. A taxa de mortalidade estimada é de 5% entre adultos infectados, mas pode chegar a 10% em crianças. Essa variante é considerada significativamente mais letal do que a Clade 2, que se espalhou globalmente em 2022, causando cerca de 1 morte a cada 500 infectados.
Especialistas afirmam que taxas de mortalidade tão elevadas são improváveis em países desenvolvidos, como o Reino Unido, devido ao acesso a cuidados de saúde de alta qualidade.
Os sintomas comuns de mpox incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, fadiga, inchaço nos gânglios linfáticos e uma erupção cutânea que pode evoluir para lesões com pus, durando de duas a quatro semanas. Em casos mais graves, a infecção pode atingir o sangue, pulmões ou cérebro, tornando-se potencialmente fatal.
A transmissão ocorre principalmente por meio de contato próximo entre pessoas infectadas ou por materiais contaminados, como roupas de cama. Autoridades recomendam que qualquer pessoa com sintomas evite contato com outras pessoas até que os sinais desapareçam.
As vacinas contra mpox atualmente disponíveis foram desenvolvidas para combater a varíola, um parente próximo do vírus. Embora não eliminem completamente o risco de infecção, podem reduzir a gravidade dos casos.
Com o rastreamento em andamento e medidas preventivas sendo implementadas, o Reino Unido busca conter a disseminação da variante e minimizar o impacto na saúde pública.
GAZETA BRASIL