A maior cratera de asteroide da América do Sul deve se tornar o 4° Geoparque do Brasil. Isso por que o Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou que o Serviço Geológico do Brasil (SGB) concluirá, neste mês, o mapa do projeto de transformar o lugar em parque geológico. Esse é um dos primeiros passos para a criação do parque. A área estudada é conhecida como o 'Domo de Araguainha' e está localizada entre Mato Grosso e Goiás.
A cratera é a 15ª maior do mundo. Segundo o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro, o objetivo é preservar a área e fomentar o turismo geológico na região.
A cratera foi descoberta em 1973, quando pesquisadores da Nasa, Robert Dietz e Bevan French, deram os primeiros indícios de que aquilo era uma 'cicatriz' deixada por um meteorito.
Conforme estudos feitos pelo pesquisador e geólogo Álvaro Crósta, o asteroide atingiu a terra há cerca de 250 milhões de anos e a área da colisão está dividida entre três cidades de Mato Grosso (Ponte Branca, Araguainha, Alto Araguaia) - onde está localizada 60% da cratera - e três do estado vizinho, Goiás (Doverlândia, Mineiros e Santa Rita do Araguaia).
O Domo de Araguainha é um dos 100 principais sítios geológicos do mundo, pela International Union of Geological Sciences (IUGS) e sua classificação considerou relevância científica, além do potencial para uso em atividades educacionais culturais e turísticas.
Além da criação do Geoparque Astroblema Araguainha, o Ministério Público apura, em outro inquérito, possíveis impactos socioambientais decorrentes da implantação da rodovia estadual MT-100, que pode afetar a região central do Domo.
O Domo de Araguainha é uma cratera de 40 km de diâmetro, cortada pelo Rio Araguaia e é uma das raras crateras do mundo com todas estruturas preservadas, segundo a coordenadora do IUGS, Joana Sanchez.
G1/MT