Um manifestante pró-Palestina, descalço e portando uma bandeira palestina, foi retirado da icônica Torre Elizabeth, do Big Ben, em Londres, após 16 horas, neste sábado (8). O incidente mobilizou equipes de emergência, incluindo bombeiros, polícia e serviços médicos.
A man with a Palestinian flag who climbed London’s Big Ben around 7 a.m. local time Saturday morning has now come down after being on top of the building for nearly 17 hours. pic.twitter.com/vuEouOUOWm
— Gabriela Iglesias
(@iglesias_gabby) March 9, 2025
Imagens do local mostraram trabalhadores de emergência utilizando uma plataforma elevatória para alcançar o indivíduo, que estava posicionado na beirada de pedra da torre de 96 metros de altura. Durante o resgate, o manifestante acenou com uma bandeira palestina para o público que se aglomerava abaixo, recebendo aplausos e gritos de apoio.
O protesto teve início por volta das 7h24 deste sábado (8), quando o homem subiu parcialmente a estrutura da torre e passou a exibir a bandeira palestina. Ele transmitiu ao vivo o ato de resistência, removendo seus sapatos e esfregando seus pés sangrando contra a pedra da torre. No vídeo, o manifestante gritou “Não vou a lugar nenhum” enquanto cantava “Livre, livre Palestina”.
A situação gerou uma grande resposta das autoridades, com o fechamento da Ponte Westminster, uma das principais vias de Londres, e uma mobilização de bombeiros, policiais e equipes de ambulâncias. O manifestante, durante as negociações, afirmou que só desceria da torre sob suas próprias condições.
Os negociadores ficaram preocupados com o estado de seu pé ferido, mencionando que havia “muito sangue” e alertaram para o frio que fazia, pois a roupa do protestante parecia inadequada. No entanto, o homem insistiu: “Estou seguro. Se vocês se aproximarem, vou subir mais alto.”
Centenas de apoiadores da causa palestina se reuniram nas proximidades, agitando bandeiras palestinas e gritando palavras de incentivo ao manifestante. Ao mesmo tempo, a polícia metropolitana bloqueava manifestações próximas a uma sinagoga no centro de Londres, enquanto outras áreas do Parlamento foram interditadas devido a preocupações de segurança.
As negociações duraram várias horas até que, por volta das 11h45, a plataforma elevatória conseguiu baixar o manifestante. Ele foi retirado da torre com a ajuda de equipes do Corpo de Bombeiros de Lambeth, Chelsea, Soho e Islington, além da Polícia Metropolitana e do Serviço de Ambulâncias de Londres.
A Torre Elizabeth, que faz parte do famoso Palácio de Westminster, foi concluída em 1859 e é um dos maiores símbolos de Londres. A presença do manifestante na torre gerou também o cancelamento de visitas turísticas ao Parlamento neste sábado.
O incidente foi amplamente coberto nas redes sociais, com vídeos e imagens rapidamente se espalhando, provocando discussões sobre a liberdade de expressão, os direitos humanos e o apoio à causa palestina.
Este não foi o primeiro incidente envolvendo a Torre Elizabeth. Em 2019, um ativista do movimento Extinction Rebellion foi preso após escalar o andaime da torre, sendo posteriormente condenado por invasão de propriedade.
As autoridades continuam a investigar o incidente, mas até o momento não foram divulgados mais detalhes sobre as possíveis consequências legais para o manifestante.
GAZETA BRASIL