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CASO RENATO NERY

Sargento se entrega e fica em silêncio sobre morte de advogado em Cuiabá


O sargento da Polícia Militar Heron Teixeira Pena Vieira se entregou ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), nesta sexta-feira (7). Ele prestou depoimento e saiu da delegacia sem algemas e em uma viatura da Polícia Militar.

Heron é um dos cinco policiais investigados por envolvimento no assassinato do advogado Renato Nery. A polícia tenta descobrir qual era o papel dele na dinâmica do crime.

Ele estava foragido desde quinta-feira (6), quando a polícia deflagrou uma operação que teve como objetivo cumprir mandados de prisão temporária contra investigados no assassinato, incluindo Heron. Quatro militares do estado e um caseiro, apontado como executor do crime, foram presos. Os policiais foram identificados como:

Wailson Alessandro Medeiros Ramos

Wekcerlley Benevides de Oliveira

Leandro Cardoso

Jorge Rodrigo Martins

Os quatro policiais passaram por audiência de custódia e tiveram as prisões temporárias mantidas por 30 dias. Conforme o Portal Transparência, Heron entrou para o quadro de servidores de Mato Grosso em 2008. Atualmente, está lotado como 3° sargento da Força Tática, na capital, atuando no setor de inteligência. O salário mensal, conforme o portal, é de R$ 11.666,27.

Heron também foi alvo da 'Operação Simulacrum', que investigou um grupo de mais de 60 policiais militares suspeitos de 24 mortes em simulações de confrontos e foi denunciado pelo Ministério Público.

Em nota, a PM informou que a Corregedoria-Geral está acompanhando os fatos e que a instituição "não coaduna com nenhum tipo de crime, seja dentro da corporação ou fora dela".

Renato foi baleado quando chegava no escritório dele, em julho de 2024. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto. Uma câmera de segurança registrou o momento em que Renato caminha até a porta do escritório, é atingido pelos disparos e cai no chão.

O delegado Bruno Abreu Magalhães disse que a perícia colheu informações no escritório da vítima e analisou imagens para tentar identificar o atirador. O celular de Renato também foi apreendido. "É um caso de execução. Esse executor já estava esperando a vítima. Ele [advogado] sai do carro e quando chega próximo ao escritório é atingido", disse o delegado.

O advogado morreu um dia após ser baleado. O corpo dele foi sepultado em Cuiabá, na manhã do dia 7 de julho. Familiares e amigos prestaram as últimas homenagens.

Ele foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT) e conselheiro Federal da OAB, na gestão 1989 – 1991.

G1/MT

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