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Elon Musk propõe medida drástica contra a Ucrânia que poderia "acabar imediatamente" com a guerra na Rússia

Neste domingo (9), o bilionário Elon Musk sugeriu que a imposição de sanções aos oligarcas ucranianos seria a chave para encerrar o conflito entre Ucrânia e Rússia.


Foto: Gazeta Brasil

Neste domingo (9), o bilionário Elon Musk sugeriu que a imposição de sanções aos oligarcas ucranianos seria a chave para encerrar o conflito entre Ucrânia e Rússia. A proposta, feita em uma publicação na plataforma X, representa uma mudança radical na abordagem predominante, que tem se concentrado em penalizar Moscou pela invasão ao país vizinho.

"Coloquem sanções nos 10 principais oligarcas ucranianos, especialmente aqueles com mansões em Mônaco, e isso acabará imediatamente. Essa é a peça-chave do quebra-cabeça", escreveu Musk.

A declaração surge em meio a um intenso debate em Washington sobre a viabilidade do apoio financeiro e militar dos Estados Unidos à Ucrânia, enquanto a guerra se arrasta sem um desfecho claro. O senador republicano Mike Lee, por exemplo, defendeu recentemente que os EUA não enviem "mais um centavo" para Kyiv, ecoando um sentimento crescente na opinião pública americana, cada vez mais cansada dos altos custos do conflito.

Musk rebate críticas e reforça apoio à Ucrânia

Diante de críticas por sua posição, Musk reforçou sua contribuição à defesa ucraniana, destacando o papel crucial da rede de satélites Starlink no país.

"Eu literalmente desafiei Putin para um combate físico por causa da Ucrânia, e meu sistema Starlink é a espinha dorsal do exército ucraniano. Toda a linha de frente deles desmoronaria se eu o desligasse", respondeu Musk a quem o acusou de favorecer Moscou.

Desde o início da guerra, a Starlink tem sido essencial para manter as comunicações militares ucranianas, uma vez que a infraestrutura do país foi alvo de ataques russos. No entanto, Musk tem expressado frustração com o prolongamento do conflito e a falta de uma solução definitiva.

"O que me enoja são anos de matança em um impasse que a Ucrânia inevitavelmente perderá. Qualquer pessoa que realmente se importe, que realmente pense e realmente entenda, quer que essa máquina de moer carne pare. PAZ AGORA!", escreveu Musk, em um de seus apelos mais diretos pelo fim da guerra, ainda que isso implique concessões dolorosas por parte da Ucrânia.

Trump cogita novas sanções contra a Rússia

As declarações de Musk coincidem com um momento de inflexão na política externa dos EUA. O ex-presidente Donald Trump indicou recentemente que pretende adotar uma abordagem mais agressiva para forçar negociações de paz, ao mesmo tempo em que considera sanções adicionais contra a Rússia.

Na sexta-feira, Trump afirmou estar "fortemente considerando" a imposição de novas sanções bancárias e tarifas a Moscou, condicionando sua remoção a um cessar-fogo e a um acordo final de paz.

"Com base no fato de que a Rússia está 'massacrando' a Ucrânia no campo de batalha neste momento, estou seriamente considerando sanções em larga escala contra a Rússia até que um ACORDO FINAL DE PAZ SEJA ALCANÇADO. Rússia e Ucrânia, sentem-se à mesa agora, antes que seja tarde demais. Obrigado!!!", escreveu Trump na rede Truth Social.

A pressão sobre Kyiv por negociações ocorre em meio a críticas de que Trump estaria minimizando a responsabilidade russa pela guerra. Em resposta, o ex-presidente sugeriu que a posição da Ucrânia também dificulta a resolução do conflito. "Francamente, é mais difícil lidar com a Ucrânia", disse ele a jornalistas.

Corrupção entre oligarcas levanta questões sobre apoio internacional

A proposta de Musk de sancionar oligarcas ucranianos ressoa com críticas recorrentes sobre corrupção dentro da elite do país, mesmo em meio à guerra. Muitos desses bilionários possuem propriedades de luxo na Europa, o que levanta dúvidas sobre seu real comprometimento com a vitória ucraniana.

Essa sugestão impõe um dilema para Kyiv e seus aliados: quem realmente está investido na resistência contra Moscou e quem pode estar lucrando com o prolongamento do conflito?

Musk, que já demonstrou disposição para intervir em questões globais, fez declarações polêmicas no passado, como quando desafiou Putin para um combate individual em 2022 – desafio que foi ridicularizado por autoridades russas.

Apesar da polêmica, sua influência na guerra continua inegável. O alerta de que a linha de frente ucraniana colapsaria sem sua tecnologia reforça o peso que ele ainda exerce no desfecho do conflito.

GAZETA BRASIL

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