O tenente Ruan Carlos Rodrigues Porto foi afastado de funções na
Polícia Militar do Pará após se recusar a atuar no desbloqueio de rodovias pelo país, conforme estipulado por decisão judicial. A organização afirmou que será instaurado um processo administrativo para apurar a conduta do policial. Nas redes sociais, um vídeo mostra o tenente afirmando que não irá seguir a ordem do juiz em conversa com manifestantes que protestavam na BR-163. A fala foi aplaudida por pessoas no local. Antes do incidente, Ruan era subcomandante da PM em Novo Progresso, cidade a 1.650 quilômetros de Belém. De acordo com o último levantamento desta quarta-feira, 2, atualmente há 150 vias interditadas. Segundo a PRF, 636 atos foram desfeitos pelas autoridades de segurança desde o início, na segunda-feira, 31. Na última terça, 1º de novembro, o presidente
Bolsonaro se pronunciou pela primeira vez após o pleito do domingo, 30, e apesar de não citar sua derrota nas urnas e nem o candidato opositor, condenou as ações dos manifestantes pelas estradas brasileiras. No mesmo dia, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, emitiu nova decisão judicial determinando que as polícias militares dos Estados atuassem na dissolução das manifestações usando todos os recursos necessários para isso, além de multa de R$ 100 mil por hora para os envolvidos nas paralisações. A suprema corte brasileira aponta os atos como ilegais, visto que são contra uma eleição reconhecida como válida e democrática.