No dia da votação, 30 de outubro, a PRF realizou operações policiais relacionadas ao transporte público de eleitores, contrariando a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que proibia as operações.
“Uma conduta de pedir votos e fazer bloqueios em desobediência à ordem judicial não é uma medida adequada, não é uma medida que se esperava de uma instituição de segurança pública”, disse José Adonis.
O subprocurador-geral também citou a conduta da PRF em relação aos protestos que bloqueiam rodovias pelo país. Segundo ele, o MPF identificou apoio ao movimento prestado por agentes.
“Na segunda-feira, constatamos procedimento inadequado de agentes da PRF, que no início chegaram a prestar declarações em apoio àquele movimento, que impedia o fluxo natural nas rodovias. Também essa conduta nós consideramos inadequada”, acrescentou.
Para Adonis, as manifestações ferem o Estado de Direito.
“Não é possível que as manifestações apresentem uma finalidade incompatível com o Estado de Direito, finalidade de não aceitar o resultado da eleição ou fazer propostas de intervenções militares. As pessoas precisam saber que a eleição se exauriu e precisam respeitar o seu resultado”, completou.
Este conteúdo foi originalmente publicado em “Absolutamente incompatível”, diz subprocurador-geral sobre conduta de direção-geral da PRF no site CNN Brasil.