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Auxílio Emergencial

Auxílio emergencial ajudou a tirar 7,4 milhões da pobreza no Brasil em 2020, diz Banco Mundial


Os dados de 2020 sobre a pobreza extrema no Brasil são os menores desde pelo menos 2012, quando uma mudança na metodologia da PNAD impossibilitou a comparação com dados anteriores a esse ano.

“Nossos dados mostram uma queda brusca na taxa de pobreza entre 2019 e 2020. Esse resultado ocorreu após a intervenção do governo, com o pagamento do auxílio emergencial. Muitos países também apresentaram pacotes de intervenções, mas não conseguiram um pacote tão grande, que tivesse um impacto de redução de pobreza como o Brasil”, comenta a economista do Banco Mundial.

Apesar de o Brasil ter sido um dos países que teve o melhor desempenho de queda na pobreza entre os latinos no primeiro ano da pandemia, a expectativa para 2021 é diferente, segundo o Banco Mundial.

Do total da população brasileira (cerca de 214 milhões de pessoas), a estimativa é de que o número de pessoas vulneráveis atinja 5,8% da população total. Com isso, em 2021, 12,4 milhões de pessoas podem ter ficado na faixa da pobreza extrema. “O auxílio emergencial foi uma resposta rápida e generosa, porém com resultado de curto prazo”, comentou Shireen.

Além do pacote econômico ter sido pontual, a economista do Banco Mundial explica que um segundo fator pode ter contribuído para o aumento de pessoas abaixo da linha da pobreza em 2021: o mercado de trabalho no Brasil não estava aquecido.

“Essa recuperação do mercado que estamos vendo agora, ela voltou no final de 2021 e no começo deste ano. Durante 2020 e 2021, o mercado de trabalho sofreu uma escassez e isso impactará também na taxa de pobreza do Brasil em 2021.”

Shireen ressalta que o Banco Mundial reconhece o esforço do Brasil em um período emergencial, mas que alertou desde 2020 que é necessário o país apostar em políticas públicas de longo prazo para mudar o quadro de pobreza.

“O Brasil foi realmente um ponto fora da curva na América Latina, foi um dos pouquíssimos a conseguir reduzir a pobreza durante um período emergencial e isso se deve sim ao auxílio. Porém o plano não foi tão generoso no ano seguinte, ou seja, não foi um plano sustentável em 2021, porque poderia impactar as contas públicas. Por isso o Banco Mundial desde então alertou que o Brasil precisa adotar mecanismos e estratégias para um crescimento e inclusão social de maneira sustentável”, explica Shireen Mahdi.

Como foi o pagamento do auxílio

Criado em abril de 2020, o auxílio emergencial inicialmente teve o pagamento de cinco parcelas de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães solteiras) para ajudar a população vulnerável afetada pela pandemia.

De setembro a dezembro de 2020, houve o pagamento de mais quatro parcelas com a metade do valor: R$ 300 (R$ 600 para mães solteiras).

O programa foi retomado em abril de 2021 por causa da segunda onda da pandemia de Covid-19, com parcelas entre R$ 150 e R$ 375. Em princípio seriam cinco parcelas, mas a lei que autorizou o auxílio emergencial em 2021 prorrogou o pagamento por mais três parcelas de igual valor, segundo informações da Agência Brasil.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Auxílio emergencial ajudou a tirar 7,4 milhões da pobreza no Brasil em 2020, diz Banco Mundial no site CNN Brasil.

CNN BRASIL

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