Informação é da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT); ele será autuado por
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT) informou nesta quinta-feira (29) que o responsável pelo chá revelação que tingiu de azul a Cachoeira Queima-Pé, em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, afirmou que coloriu a água com um produto usado em lagos ornamentais e piscinas. O diretor regional do órgão, Jefferson Zucchi, comunicou que aguarda a apresentação da nota fiscal da compra do item.
Segundo o estado, apesar de as amostras coletadas no local não apontarem alterações na qualidade da água em parâmetros físicos, como cor e odor, ou mortandade da fauna, houve "conduta em desacordo com a legislação" e, por isso, o responsável pelo evento será autuado "lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasoso ou detritos, óleos ou substâncias oleosas", de acordo com o decreto federal nº 6.514/2008.
O evento foi realizado no domingo (25) em uma propriedade particular. Imagens publicadas por pessoas que participaram da festa – apagadas posteriormente, após repercussão negativa – mostram o momento em que a água da cachoeira fica azul para anunciar a chegada de um menino. Eles também usam fumaça colorida e soltam confetes.
O responsável pelo chá revelação foi ouvido pela Sema acompanhado de advogada e relatou que não sabia que a cachoeira seria tingida no evento e que foram familiares que lançaram o produto na água.
As multas e penalidades ao qual o responsável pelo chá revelação será submetido, ainda conforme a Sema-MT, serão definidas após laudo técnico elaborado pelo órgão, que irá identificar a dimensão do dano decorrente da infração.
O g1 tentou contato por telefone com um dos responsáveis pelo chá revelação na manhã desta sexta-feira (30), mas as ligações não foram atendidas.
No dia posterior ao chá revelação, técnicos da secretaria estadual estiveram no local, acompanhados de servidores da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Tangará da Serra.
Conforme o gerente regional da Sema-MT, os relatórios serão encaminhados à Polícia Civil para investigação.
O Ministério Público também acompanha o caso.
O dono da propriedade também foi ouvido pela secretaria estadual e informou que apenas cedeu o local.