O União Brasil rompeu um contrato de trabalho com o ex-secretário da Receita, Marcos Cintra, após o economista fazer alguns posts onde defendeu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) venha a público esclarecer dúvidas sobre a votação do segundo turno das eleições. Filiado à legenda comandada por Luciano Bivar, Cintra recebia R$ 45 mil por mês para prestar consultoria na área tributária ao partido, segundo a sigla. Ele também foi candidato à vice-presidente nas eleições deste ano na chapa de Soraya Thronicke.
De acordo com o União Brasil, as suposições de Cintra constituem “motivo grave, que atenta contra a democracia”. Neste momento, afirmou uma porta-voz, “o partido não quer esse tipo de vinculação.”
Em declarações feitas para a Folha de S.Paulo, Bivar criticou o economista, disse que as eleições foram impecáveis e afirmou que Cintra não fala pelo partido.
“Nós já parabenizamos o Brasil e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelas eleições, que foram impecáveis. Como agora o Marcos Cintra faz um desatino desses, distorcendo dados para criar dúvidas sobre as eleições?”, disse Bivar.
No domingo (6), o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que a Polícia Federal colha, em até 48 horas, o depoimento do ex-secretário da Receita Federal, sobre “ataques” envolvendo o funcionamento das urnas eletrônicas.
O magistrado também determinou que Cintra se abstenha de publicar, promover, replicar e compartilhar “notícias fraudulentas” envolvendo o processo eletrônico de votação brasileiro.
No sábado (5), Marcos Cintra disse em seu perfil no Twitter concordar com questionamentos feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o sistema eletrônico de votação.