Com demagogia econômica, Lula fez Bolsa de Valores sofrer queda de 4% e moeda americana voltar ao patamar de R$ 5,40
Lula conseguiu uma nova proeza antes mesmo de assumir a Presidência: causar apreensão em investidores e forte resposta do mercado financeiro, após seu discurso desta quinta-feira (10). Foi um dia de pânico para aqueles que investem no país, geram empregos e sustentam a dívida pública.
O presidente eleito abriu mão da prudência, do bom senso e da própria responsabilidade que o futuro cargo lhe impõe. Caiu na armadilha de sua demagogia econômica e empobreceu a Bolsa de Valores (e o país) em R$ 156 bilhões. Em dois dias seguidos de queda, as perdas totais do Ibovespa chegaram a R$ 248 bilhões. Um estrago.
A avalanche causada pela histórica aversão do PT aos princípios básicos do capitalismo também pôs o dólar nas alturas. Com aumento de mais de 4%, a moeda americana voltou ao preocupante patamar de R$ 5,40, o que certamente vai tornar mais caras a picanha e a cerveja tão prometidas durante a campanha eleitoral. Enquanto isso, o valor do dólar caía em todo o mundo, após anúncio da desaceleração da inflação nos EUA.
Durante seu discurso, não faltaram nem mesmo lágrimas a Lula, que opôs de forma grosseira responsabilidades fiscal e social. "Por que as pessoas são obrigadas a sofrer para garantir a tal da responsabilidade fiscal deste país? Por que toda hora falam que é preciso cortar gastos, é preciso fazer superávit, é preciso cumprir teto de gastos?", questionou o presidente eleito, naquele tom panfletário que afasta o empresariado e os aliados conquistados de última hora.
O discurso de apelo à "pacificação" fica bem complicado desse jeito. O mais curioso é a falta de coerência do petista com os acenos despudorados feitos ainda nesta semana às elites políticas. Tudo para viabilizar seu ambicioso PEC Fura-Teto de R$ 170 bilhões, sob a promessa de manter o chamado orçamento secreto, tratado durante a campanha como "o maior escândalo da história do país". Lula quer dinheiro no bolso do seu governo e, ao mesmo tempo, puxa o tapete dos investidores. Difícil, né?