Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram alvos de protestos em Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde participaram de uma conferência sobre liberdade e democracia. Os manifestantes gritavam palavras de ordem contra os integrantes do tribunal empunhando faixas, cartazes e bandeiras do Brasil. No evento, organizado pelo Grupo Lide, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, disse que a ofensiva contra as eleições de 2022, com questionamentos a respeito da lisura das urnas eletrônicas, é um ataque à democracia: “Ao se atacar a autoridade judiciária que faz as eleições, o que se ataca é a democracia. O que se pretende substituir não são ar urnas eletrônicas, se pretende substituir o sistema político que tem no voto livre e periódico de mais de 156 milhões de eleitores. O que se pretende é atacar a própria democracia”.
Já o ministro Luís Roberto Barroso negou que haja ativismo jurídico no STF e foi aplaudido durante sua fala sobre o assunto: “Criou-se uma lenda no Brasil, difundida nas redes sociais, de que o STF é contra o presidente. O Supremo é a favor da Constituição e das leis. Todos os presidentes tem queixas sobre o STF. O presidente Lula tinha queixas, a presidente Dilma tinha queixas, tenho certeza que o presidente Temer tinha queixas. A única diferença é que nenhum deles atacou o tribunal e nenhum deles atacou os seus ministros. Essa é a convivência democrática”.
Em meio à onda de protestos contra os ministros da Suprema Corte dos Estados Unidos, o ex-presidente Michel Temer (MDB), que também foi um dos convidados do evento, pediu pacificação e convocou o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a levarem uma palavra de harmonia à população para diminuir a tensão política no país: “Eu penso que, tanto o presidente atual, quanto o presidente eleito, deveriam lançar palavras de harmonia e obediência ao texto constitucional, e eu não tenho verificado isso”.
*Com informações do repórter Daniel Lian
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