A casa do ex-senador Romero Jucá, em Boa Vista (RR), foi um dos alvos da operação da Polícia Federal (PF).
Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal de Roraima.
O inquérito surgiu após o TCU encontrar, em um Relatório de Produção de Conhecimento, as maiores recebedoras de recursos do Programa Calha Norte, em Roraima.
As investigações mostraram indícios de que uma organização criminosa fraudava procedimentos nos convênios com prefeituras no estado.
De acordo com a PF, 3 empresas de engenharia pagavam propinas para serem distribuídas entre servidores públicos que ajudavam nos crimes, e a também ao ex-senador, que participaria do esquema.
O dinheiro seria repassado para Jucá através de familiares e de empresas de que são sócios.
Ainda segundo a PF, há indícios que o ex-senador interferiria quando o assunto se tratava de convênios que tivessem a aplicação de dinheiro federal conseguido por ele.
Também havia o travamento de pagamentos de emendas parlamentares obtidas pelo ex-senador caso não recebesse sua parte.
Segundo a PF, as empresas seriam responsáveis pela execução de mais de R$ 500 milhões em convênios durante o período. A investigação identificou R$ 15 milhões pagos em propina.
O nome “Imhotep”, que batiza a operação, remete a um grande “engenheiro” do Egito antigo, a quem é atribuído a construção de várias obras faraônicas, como a Pirâmide de Djoser.
Os envolvidos vão responder por fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As penas chegam a 35 anos de prisão.