Um homem, de 39 anos, suspeito de testar envolvido na execução da adolescente Cleuza Juliene Oliveira de Souza, 17 anos, ocorrida em setembro do ano passado, foi preso no bairro Camping Club, em Sinop (480 km de Cuiabá), nesta terça-feira (22) pela equipe da Divisão de Homicídios do município.
F.A.P. estava com mandado de prisão decretado pela Justiça, após ser apontado nas investigações da Polícia Civil. Ele foi reconhecido pelo sistema de reconhecimento facial, tecnologia utilizada pela PC de Mato Grosso em procedimentos investigativos.
Localização do corpo
O corpo da vítima foi encontrado, enterrado em uma estrada próxima à MT-423, entre Sinop e o município de Cláudia, no dia 02 de setembro de 2021. As investigações da Delegacida de Homicídios e Proteção à Pesssoa apontaram que Cleuza foi morta porque, supostamente, seria integrante ou simpatizante de uma facção rival à que mandou executá-la.
Na época, três suspeitos foram autuados e presos em flagrante por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Dois deles, conduzidos pela PM, foram flagrados na área onde o corpo da mulher foi enterrado.
Com os criminosos foram apreendidas uma pá, uma enxada e duas lonas pretas. Eles estavam em veículo Gol, que usaram para levar a vítima até a região onde a mulher foi executada.
Chegando ao local de mata, um suspeito matou a tiros Cleuza, enquanto outro filmou. Depois ainda desferiram golpes de facão contra a adolescente. Após um tempo, dois suspeitos (os que foram presos em flagrante) voltaram ao lugar para enterrar o corpo da vítima. Outro suspeito, que recebeu a ordem de cuidar da arma usada no crime, também foi preso em flagrante.
Prisão e reconhecimento
O quarto envolvido no homicídio é de Rondonópolis, estava há pouco tempo em Sinop e não era conhecido das polícias. Com a localização dele nesta terça-feira (22), os policiais civis utilizaram imagens obtidas em um vídeo feito pelo criminoso e compararam com o reconhecimento facial realizado na delegacia, que confirmou a identidade.
No momento da prisão, ele tentou fugir da abordagem, mas foi alcançado. No prostíbulo onde ele estava, os investigadores localizaram entorpecente e o gerente do local foi preso em flagrante por tráfico de drogas.
"É uma ferramenta importantíssima para o trabalho investigativo, pois nesse caso específico, foi com o reconhecimento facial que conseguimos fazer a qualificação, ou seja, a correta identificação do criminoso procurado por esse homicídio. Foi imprescindível", destacou a equipe da Divisão de Homicídios de Sinop.
FOLHA MAX