A vaga de ministro da Agricultura ainda está aberta. Apesar do favoritismo de dois nomes, há outros profissionais que tentam ganhar espaço na disputa para ocupar uma das principais cadeiras do agronegócio nacional. Algumas definições já estão dadas: 1) a divulgação do nome do ministro deverá ocorrer após a aprovação da PEC da Transição, prevista para a próxima semana; 2) o Ministério da Agricultura será repartido entre Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca.
Em Brasília, onde estive essa semana, conversei com várias fontes e com alguns dos cotados para o posto de ministro. O favoritismo segue para o senador de Mato Grosso Carlos Fávaro, que foi coordenador da campanha de Lula no Estado. Fávaro já foi presidente da Aprosoja Brasil, Aprosoja Mato Grosso e vice-governador de Mato Grosso. Outro nome que segue com possibilidade de assumir o posto de ministro é o do deputado federal Neri Geller. Ele é ex-ministro da Agricultura de Dilma e já foi também secretário de Política Agrícola. As expectativas são de que Geller assuma uma secretaria, em vez do ministério da Agricultura. Uma das mais importantes é a Secretaria de Política Agrícola e há chances dele voltar a ocupar a posição no governo Lula.
Na corrida para o ministério, estão também o ex-secretário da Agricultura do Estado de São Paulo e deputado membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Arnaldo Jardim. Ele é indicado do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin. O ex-deputado e ex-presidente da FPA e atual presidente do Instituto Pensar Agro, Nilson Leitão, também continua na disputa. O nome do ex-ministro da Agricultura de Temer, Blairo Maggi, perdeu fôlego.
A escolha do ministro da Agricultura é super estratégica para o governo do PT, especialmente pela necessidade de construção de diálogo com alas do agronegócio que majoritariamente apoiaram Bolsonaro. O momento é de articulação política e composições partidárias, só depois da aprovação da PEC devemos conhecer o nome do escolhido para a pasta.