A Rússia e a China realizarão exercícios navais conjuntos nas águas do Mar da China Oriental ou do Mar Amarelo de 21 a 27 deste mês, anunciou o Ministério da Defesa da Rússia nesta segunda-feira (19).
Os exercícios, denominados “Naval Interaction” e que se realizam anualmente desde 2012, desta vez incluem práticas de tiro de artilharia e lançamentos de mísseis , informou este departamento em comunicado.
Segundo a Defesa, os navios russo e chinês vão ensaiar manobras coordenadas para combater submarinos com o uso de armas . “O principal objetivo dos exercícios é o fortalecimento da cooperação naval entre a Rússia e a República Popular da China e a preservação da paz e estabilidade na região da Ásia-Pacífico”, afirma o comunicado de imprensa.
Navios de guerra russos partiram na segunda-feira para participar dos exercícios navais, que destacam os laços de defesa cada vez mais estreitos entre os dois países, que enfrentam tensões com os Estados Unidos.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que o cruzador de mísseis Varyag, o contratorpedeiro Marshal Shaposhnikov e duas corvetas da Frota do Pacífico da Rússia participarão de exercícios no Mar da China Oriental a partir de quarta-feira.
Segundo o ministério, a marinha chinesa planeja enviar vários navios de guerra de superfície e um submarino para os exercícios. Aviões russos e chineses também participarão dos exercícios, segundo o ministério. Pequim enviará dois contratorpedeiros, dois barcos de patrulha, um submarino a diesel e um navio de abastecimento para a área de exercícios.
Além dos exercícios navais, a Rússia e a China realizam conjuntamente missões regulares de patrulha aérea na região da Ásia-Pacífico usando aeronaves estratégicas.
“O principal objetivo dos exercícios é fortalecer a cooperação naval entre a Federação Russa e a República Popular da China, manter a paz e a estabilidade na região da Ásia-Pacífico”, disse o Ministério da Defesa da Rússia.
Moscou e Pequim mostraram sua crescente cooperação militar nos últimos meses.
Em novembro, os bombardeiros Tu-95 da Força Aérea Russa e os bombardeiros H-6K chineses realizaram patrulhas conjuntas sobre o Mar do Japão e o Mar da China Oriental. Como parte dos exercícios, bombardeiros russos pousaram na China pela primeira vez e bombardeiros chineses voaram para uma base aérea na Rússia.
Em setembro, a China despachou mais de 2.000 soldados junto com mais de 300 veículos militares, 21 aeronaves de combate e três navios de guerra para participar de exercícios conjuntos de longo alcance com a Rússia. Os exercícios marcaram a primeira vez que a China enviou forças de três ramos de suas forças armadas para participar de um único exercício russo, no que foi descrito como uma demonstração da amplitude e profundidade da confiança mútua sino-russa.
A cooperação de defesa entre Moscou e Pequim se intensificou desde que o presidente russo, Vladimir Putin, enviou suas tropas à Ucrânia em 24 de fevereiro.
A China, que declarou uma amizade “ilimitada” com a Rússia, recusou-se categoricamente a criticar as ações de Moscou, culpando os Estados Unidos e a OTAN por provocar o Kremlin, e criticou as sanções punitivas impostas à Rússia.
A Rússia, por sua vez, tem apoiado fortemente a China em meio às tensões com os Estados Unidos sobre Taiwan.
(Com informações da EFE e AP)