O alerta de chuvas intensas para as próximas horas em Mato Grosso fez com que a Energisa elevasse a atenção das equipes para o atendimento. De acordo com dados coletados pela empresa que presta o serviço de consultoria climática para a concessionária, há previsão de rajadas de ventos de até 50 km/h e chuva de até 100 milímetros em um dia, o que indicam tempestades que podem gerar quedas de galhos, árvores arrancadas, alagamentos e descargas elétricas. Os efeitos podem ser mais fortes sobretudo no sentido noroeste/sudeste e leste do estado, atingindo regiões como as de Barra do Garça e Tangará da Serra.
Atualmente a empresa atua em sistema de contingência, com reforço de equipes em 18 cidades: Barão de Melgaço, Água Boa, Querência, Juscimeira, São José dos Quatro Marcos, Guiratinga, Vera, Rio Branco, Torixoréu, Nova Bandeirantes, Pedra Preta, Cocalinho, Rondolândia, Santo Antônio de Leverger, Chapada dos Guimarães, Vila Bela da Santíssima Trindade, Arenápolis e Tabaporã. Em todas essas localidades, a empresa pede o apoio dos clientes, indicando as ocorrências pelos canais de comunicação da empresa.
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Uso de subestações móveis
Uma das medidas preventivas da empresa foi deslocar subestações móveis para pontos estratégicos do estado. São seis carretas de até 23 metros de comprimento cada. Elas possuem todos os equipamentos e dispositivos dos sistemas mais complexos e com as mais variadas tensões de funcionamento. Os equipamentos podem atender bairros de municípios populosos e até cidades inteiras.
"Esse sistema móvel trabalha da mesma forma que uma subestação fixa. Ela consegue suplementar, por exemplo, uma cidade com 44 mil habitantes, equivalente a Campo Verde, sozinha", explica Luciano Vogel, gerente de manutenção de subestações e linhas de transmissão da Energisa.
Uma vantagem do uso das subestações móveis é evitar cortes no fornecimento ou reduzir esse tempo. "Imaginemos uma ocorrência tão grave que afete drasticamente o fornecimento de uma cidade. A subestação móvel entra e nossas equipes podem atuar com segurança na manutenção", explica Luciano.
"Hoje uma dessas subestações móveis opera em Poxoréu, a 240 quilômetros da capital do estado. Ela fica na localidade até a conclusão da nova subestação que começou a ser construída na cidade. A obra vai permitir que toda a região continue crescendo e se desenvolvendo, com a chegada de novas empresas, indústrias e comércios", afirma Luciano.
Outra subestação móvel deve seguir nos próximos dias para Araputanga, que também tem sofrido com sequências de temporais. Para se ter uma ideia da severidade do clima no estado, só no ano passado foram registrados mais de 20,8 milhões de raios em Mato Grosso. Em 2021 foram 18,5 milhões, em 2020 o registro foi de 13,3 milhões descargas. Já em 2019 foram 6,7 milhões.