A defesa de Daniel Alves quer apresentar uma nova versão à Justiça espanhola a respeito da denúncia de um suposto estupro causado pelo atleta. O pedido de novo depoimento veio após o jogador passar duas noites em um centro penitenciário usado para reclusões preventivas. Preso na última sexta-feira, 20, ele aguarda os próximos passos da investigação. As contradições no depoimento do brasileiro e a possibilidade fuga levantada pelas autoridades foram os principais motivos apontados para justificar a prisão. Primeiro, Alves negou ter tido relações ou qualquer encontro com a mulher que o acusa. Depois teria dito que estava no banheiro da boate de luxo quando a mulher entrou, mas que não teve contato com ela. Por fim, ele alegou ter tido uma relação consensual. A polícia espanhola está ouvindo testemunhas, analisando laudos periciais e imagens de segurança que mostram que Daniel Alves passou cerca de 15 minutos trancado com a mulher considerada vítima no banheiro da boate. A gravação desmente a versão do jogador, que disse não conhecer a mulher.
Fontes do jornal El País afirmaram que a jovem abriu mão do direito a ser indenizada pela agressão que teria sofrido porque ela espera que seja feita justiça e que o atleta pague com prisão pelo ocorrido. O presidente do clube Pumas, do México, Leopoldo Silva, falou ao site Medio Tiempo que o time não pode tolerar esse tipo de conduta. No mesmo dia em que Daniel foi preso, o clube rescindiu o contrato do jogador por justa causa. Em entrevista à Jovem Pan News, a advogada criminalista Lara Marujo afirmou que a defesa do jogador deverá recorrer a instâncias superiores para tentar fazer com que ele responda o processo em liberdade.
“Quanto ao tempo que esse caso pode demorar. Todas as Justiças, na Espanha não é diferente, são morosas. Não tem jeito, o processo tem um rito então tem que cumpridas algumas etapas em razão do direito de defesa, que tem que ser preservado. Isso leva algum tempo. Mas, esses casos muito midiáticos costuma ocorrer de forma mais eficiente e mais rápida. Imagino que esse pode ser o caso do Daniel Alves (…) Se revogarem a prisão preventiva, isso pode ser feito com, ou sem, medidas alternativas à prisão. Ele pode ser liberado independentemente de qualquer outra medida, o que significaria que ele poderia voltar ao Brasil. Mas, ele pode ser liberado mediante a retenção do passaporte dele. Aí ele ficaria impedido de voltar para o Brasil”, declarou a advogada. Enquanto isso, Daniel Alves segue preso e aguarda definição da Justiça da Espanha.
*Com informações da repórter Soraya Lauand