Aumento no preço da gasolina na bomba deve aumentar já nesta quarta-feira.
A Petrobras anunciou nesta terça-feira que, já a partir dessa quarta-feira (25), o preço médio da venda da gasolina para as distribuidoras vai aumentar R$ 0,23 por litro. O preço na bomba para o consumidor final deve subir para cerca de R$ 4,95 na previsão otimista. Muitos postos, porém, já vendem na Capital a esse valor, antes da alta.
Segundo o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo-MT), Nelson Soares Jr, o preço da gasolina deve aumentar já nesta quarta nos postos de combustíveis de Cuiabá.
"Deve aumentar já nesta quarta. O posto precisa recompor o capitativo dele".
Nelson explica ainda que o aumento para o consumidor final deve ser maior do que o anunciado para as distribuidoras, afinal, elas ainda precisam ter lucro ao revender. "Em termos de centavos, ele não chega a ser exatamente aquilo que a Petrobras subiu. Porque antes de chegar no consumidor, ainda tem o distribuidor e tem o posto".
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"Se as distribuidoras entenderem que elas precisam recuperar margem e aumentar acima disso, o posto vai ter que aumentar. Só daqui dois três dias a gente vai saber exatamente o que aconteceu. O aumento foi de tanto e o reflexo na bomba foi de tanto", salienta.
Ainda segundo Nelson, o aumento do preço da gasolina também deve afetar o etanol. "O etanol deve subir em todos os estados, como costumeiramente acontece quando aumenta a gasolina, mas ele ainda deve continuar vantajoso. As usinas aproveitam para recompor margem e o aumento deve ser em cadeia".
Aumento
A Petrobras anunciou hoje que, a partir dessa quarta-feira (25), o preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,08 para R$ 3,31, um aumento de R$ 0,23 por litro. O valor é 7,47% maior do que o atual.
A última vez que o preço da gasolina tinha sido reajustado foi em 6 de dezembro, quando sofreu uma redução de 6,1%.
Segundo a estatal, o aumento "acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio".