Nesta segunda-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a atacar o Banco Central (BC), durante a posse do novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.
“Quando o Banco Central era dependente de mim, todo mundo reclamava. O único dia que a Fiesp [Federação das Indústrias do Estado de São Paulo] falava era quando aumentava os juros. Agora não fala. No meu tempo, 10% era muito, e hoje treze e meio (sic) é pouco”, disse o mandatário.
“Não existe justificativa nenhuma para que a taxa de juros esteja em 13,5% [ao ano]. É só ver a carta do Copom para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juro”, disse Lula.
“O problema não é a independência do Banco Central. É que este país tem uma cultura de viver com o juro alto que não combina com a necessidade de crescimento que temos”, prosseguiu o chefe do executivo.
“Se eu, que fui eleito, não puder falar, quem eu vou querer que fale? O catador de material reciclável?”, disse o mandatário.
“Quando o Banco Central era dependente de mim, todo mundo reclamava. O único dia que a Fiesp [Federação das Indústrias do Estado de São Paulo] falava era quando aumentava os juros. Agora não fala. No meu tempo, 10% era muito, e hoje treze e meio (sic) é pouco”, disse alfinetando o presidente da entidade, Josué Gomes, que estava presente na cerimônia.