O terremoto que atingiu Turquia e Síria nas primeiras horas da segunda-feira, 6, já provocou mais de 5.000 mortes, de acordo com um balanço atualizado divulgado nesta terça. Ainda é esperado que o número continue subindo com o avanço do trabalho das equipes de emergência para busca de sobreviventes bloqueados nos escombros. Ao menos 3.419 pessoas morreram na Turquia e 1.602 na Síria, somando as vítimas das regiões controladas pelo governo e também das áreas dominadas pelos rebeldes, o que eleva o total a 5.021, de acordo com as autoridades locais e fonte médicas. No final da segunda-feira, a Organização Mundial da Saúde expressou sua preocupação pela falta de informação de algumas regiões dos dois países, o que acende o alerta para possível subnotificação de mortos e feridos. A entidade ainda alertou para a situação dramática da Síria, já muito prejudicada e fragilizada pela guerra civil que ocorre no país há anos. A OMS ainda afirmou que o terremoto de magnitude 7,8 pode afetar 23 milhões de pessoas nas duas regiões: “Os mapas mostram que 23 milhões de pessoas estão expostas, incluindo cinco milhões de pessoas vulneráveis”, afirmou a diretora da OMS Adelheid Marschang ao conselho executivo da agência da Organização das Nações Unidas (ONU).
O abalo sísmico levou ao chão cerca de 3.000 prédios — vídeos compartilhados nas redes sociais mostram o momento que alguns edifícios desabam. Pelo fato de os tremores terem acontecido de madrugada, o número de mortos pode ser ainda maior do que os que foram divulgados, pois no horário do terremoto a maioria das pessoas estava dormindo em suas casas. O intenso inverno que atinge a região coloca os sobreviventes em risco, pois eles ficam expostos a temperaturas quase congelantes. Nesta segunda, por exemplo, os termômetros variaram entre 3º C e 9º C, com chuva. A previsão para a terça é que varie entre -3º C e 9º C. Já na Turquia, a segunda teve máxima de 4º C e mínima de 1º C. Mas, na terça, a mínima pode chegar a -1º C, com máxima de 4º C e pancadas de neve.
Líderes mundiais, incluindo o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se solidarizaram com o ocorrido e mandaram mensagem de apoio. Vários organismos e países também ofereceram ajuda à Turquia e à Síria. O site da Jovem Pan entrou em contato com o Itamaraty para obter informações sobre os brasileiros que vivem nas regiões. Segundo eles, até o momento, não há registro de mortos ou feridos. “Governo brasileiro está providenciando formas de oferecer ajuda humanitária às populações afetadas pelo terremoto. Não há, até o momento, notícia de brasileiros mortos ou feridos”, disseram no comunicado.
*Com informações da AFP e da Reuters