O corpo do jovem foi encontrado com marcas de tiros em um matagal, no setor Base Velha.
A Polícia Civil de Aragarças realizou nessa quinta-feira (9), a reconstituição do assassinato de Valdeilson Carvalho, de 18 anos, ocorrido no dia 16 de janeiro deste ano. O corpo do jovem foi encontrado com marcas de tiros em um matagal, no setor Base Velha.
O suspeito se apresentou à policia no mesmo dia do homicídio, admitiu o crime, mas alegou legítima defesa.
O homem, de 45 anos, relatou que o fato ocorreu no momento que ele tentava recuperar a motocicleta do filho que havia sido furtada.
Segundo ele, após o furto, a vítima e um comparsa entraram em contato, informando o local que a moto estava e exigindo R$ 500 para a devolução.
De acordo com o homem, que é morador do município, ele aceitou pagar o valor cobrado, e no momento de pegar o veículo que estava escondido às margens do Rio Araguaia, o jovem mudou o acordo inicial e exigiu mais R$ 500, fato que motivou o desentendimento entre eles.
Na versão contada pelo suspeito, Valdeilson Carvalho, sacou de uma arma de fogo e tentou matá-lo. Ele afirmou que após entrar em luta corporal com a vítima, conseguiu tomar a arma do jovem e efetuar vários disparos, sem precisar quantos tiros o atingiram.
No depoimento, o homem afirmou que saiu correndo, jogou a arma na mata próximo ao corpo, pegou a motocicleta e foi ao encontro do filho, que aguardava há alguns metros em um carro, na companhia do segundo suspeito de envolvimento no furto. A arma de fogo não foi encontrada pela polícia.
A reprodução simulada do homicídio foi solicitada pelo delegado Fábio Marques, responsável pelas investigações. O método serve para confrontar a versão apresentada pelo suspeito, as provas colhidas e os laudos periciais que fazem parte do inquérito.
O suspeito, que aguarda o andamento das investigações em liberdade, participou da reprodução, acompanhado por seu defensor.
Familiares da vítima não compareceram.
A ação, conduzido pela Delegacia da Polícia Civil de Aragarças, teve a participação da Polícia Militar, Instituto Médico Legal e Polícia Técnica.
"Agora iremos aguardar o laudo da perícia, para verificarmos a consistência das versões", declarou o delegado Fábio Marques, responsável pelo inquérito policial.