O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), inicia nesta terça-feira (14), o julgamento da juíza Ludmila Lins Grilo, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A magistrada é investigada desde setembro de 2022 por “conduta nas redes sociais incompatível com seus deveres funcionais” após despacho do ministro do Corregedor Nacional de Justiça, Luiz Felipe Salomão.
Segundo a ordem de investigação, a magistrada teria “aptidão para gerar em seus seguidores infundada desconfiança acerca da dignidade da magistratura e da essencialidade das instituições judiciárias, postura essa que, em princípio, pode ter violado deveres funcionais inerentes ao cargo”.
Entre os comportamentos questionados pelo órgão estão a manifestação de críticas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a participação de congresso com apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro (PL) e a divulgação de um novo canal do jornalista Allan dos Santos, após o anterior ter sido bloqueado por ordem do ministro Alexandre de Moraes.
Como se trata de um processo administrativo, a punição máxima possível é a aposentadoria compulsória da juíza.
Em uma dos posts, a juíza refere-se aos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso como “perseguidores-gerais da República do Brasil”.
Depois da publicação, o ministro Alexandre de Moraes mandou suspender a conta da magistrada. Na época, ela era seguida por mais de 300 mil pessoas. A decisão se mantém até o momento.