O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referendou nesta terça-feira, 14, por unanimidade, a decisão do corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, para manter a minuta de decreto na ação que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível. Em 12 de janeiro, a Polícia Federal (PF) apreendeu o documento na casa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, durante investigação sobre a invasão aos prédios da Praça dos Três Poderes. A minuta dizia para o então presidente Bolsonaro intervir na Corte Eleitoral e alterar o resultado das eleições. A solicitação para incluir a minuta no processo foi feito pelo PDT, que também é o autor da ação de investigação eleitoral. A sigla acusa Bolsonaro de abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação por convocar uma reunião, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, com embaixadores de diferentes países para falar sobre o sistema eleitoral no Brasil e possíveis falhas nas urnas eletrônicas. O relator do caso, o corregedor Benedito Gonçalves, atendeu o pedido do PDT e requisitou uma cópia da minuta para anexar ao processo. A defesa de Bolsonaro entrou com recurso. No entanto, o ministro negou e manteve o posicionamento. A decisão foi para o plenário do TSE e nesta terça-feira foi referendada por manter a minuta na ação contra o ex-presidente.