Segundo investigação, suspeitos receberiam até R$ 150 mil para ajudar a definir resultados
O lateral-direito Mateusinho, recém-chegado ao Cuiabá, está entre os alvos da Operação Penalidade Máxima, que apura um suposto esquema de manipulação de resultados de três jogos da Série B do Campeonato Brasileiro do ano passado.
A ação foi deflagrada nesta terça-feira (14) pelo Ministério Público de Goiás e cumpriu mandados em Cuiabá, São João Del-Rei (MG), São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Porciúncula (RJ).
A assessoria de imprensa do Dourado informou ao MidiaNews que não irá se manifestar sobre o assunto. O Ministério Público de Mato Grosso confirmou que prestou apoio operacional à operação.
Mateusinho foi contratado pelo Cuiabá em janeiro como um dos reforços para a temporada de 2023, tendo jogado cinco partidas pelo Dourado neste ano. Em 2022, ele atuava pelo Sampaio Corrêa (MA).
Conforme a investigação, o suposto esquema ocorria através da cooptação de atletas, que manipulavam os resultados das partidas por meio de ações como, por exemplo, o cometimento de pênalti no primeiro tempo dos jogos, entre outras iniciativas.
O objetivo era viabilizar o êxito em apostas esportivas de elevados valores. Em contrapartida, os atletas recebiam parte dos ganhos. Estima-se que cada suspeito tenha recebido aproximadamente R$ 150 mil por aposta.
Mateusinho teria atuado na fraude no jogo do Sampaio Corrêa contra o Londrina. Na ocasião, aos 19 minutos do primeiro tempo, ele deu uma entrada em Caprini dentro da área, gerando a marcação de um pênalti.
Os outros dois jogos investigados da Série B do ano passado são: Vila Nova x Sport e Tombense e Criciúma.
A operação
No total, foram cumpridos um mandado de prisão e nove de busca e apreensão.
As ordens judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Estadual dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens Direitos e Valores de Goiás.
As práticas delitivas podem se enquadrar nos crimes previstos nos arts. 288 do Código Penal, arts. 41-C e 41-D do Estatuto do Torcedor e art. 1º da Lei n. 9.613/98.
Apoiaram a operação as Polícias Militar, Civil e Penal de Goiás, além dos Gaecos dos Estados de Minas Gerais e Mato Grosso, do Cyber Gaeco do Estado de São Paulo e do Centro de Inteligência do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.