Os desfiles do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo começam nesta sexta-feira, 17, e reúnem 14 agremiações da capital paulista. Ao todo, nove quesitos serão julgados por 36 jurados e, ao final da apuração, a escola com maior pontuação será a campeã. Em 2022, no último desfile, o troféu ficou com a Mancha Verde, que superou problemas em carros alegóricos e faturou a taça. Neste ano, a escola oriunda da torcida organizada do Palmeiras tenta conquistar o tricampeonato e se firmar, definitivamente, entre as principais agremiações da folia paulistana. Vale mencionar que a Mancha vive o melhor momento de sua história: tem ficado entre as três primeiras desde 2018, carimbando o primeiro título em 2019.
Entretanto, a tarefa da Mancha não será fácil, já que baterá de frente com oponentes duros. Dentre eles, duas escolas que tentam sair do “quase” dos últimos anos. São elas a Mocidade Alegre e o Império de Casa Verde. O último título da Mocidade foi em 2014. Desde então, a escola do Limão acumula desfiles ótimos, mas sem o título, como foi em 2018 e 2022, quando a agremiação teve a mesma pontuação da campeã, mas perdeu em critérios de desempate. Já a Império vem de um terceiro lugar em 2022 e se credencia a brigar pelo título pela força de seu samba-enredo (“Império dos Tambores – Um Brasil Afromusical”). Outra escola tradicional que tenta voltar ao topo é a Rosas de Ouro, que amarga uma seca de 11 anos sem títulos. A Acadêmicos do Tatuapé também está entre as candidatas ao troféu de campeã, mesmo com um enredo abaixo do esperado e os problemas de alegoria que fizeram o primeiro lugar escapar em 2019 e 2020 e que quase a levaram ao rebaixamento em 2022. Com uma comunidade aguerrida, a escola da zona leste não é descartada da briga pelo título, assim como a Águia de Ouro. O título de 2020 coroou o bom momento da escola da Pompeia, que tenta repetir o feito e voltar ao topo do Carnaval.
Por outro lado, outras agremiações tentam fazer história e levantar a taça pela primeira vez, como é o caso da Dragões da Real. Desde que subiu para o Grupo Especial, a escola se firmou na elite e chegou a brigar por títulos, vendo a vitória escapar por detalhes em 2017 e em 2019. A expectativa é de que a agremiação dispute o troféu deste ano. A Unidos de Vila Maria também busca uma conquista inédita e vem de bons momentos nos últimos anos — esteve nos últimos três desfiles das campeãs e ostenta um time de primeira linha, comandado pelo mestre Rodrigo Moleza e o intérprete Wander Pires. A Tom Maior também tenta se consagrar campeã do Carnaval paulista, mas vive momentos de incerteza, especialmente no ambiente interno, o que pode influenciar negativamente o desfile.
Recém-promovidas à elite do carnaval paulista, a Independente Tricolor e a Estrela do Terceiro Milênio compartilham o mesmo objetivo: não serem rebaixadas. A tarefa é difícil, tendo em vista que, em 2022, apenas 0,1 ponto separou a primeira rebaixada da última que se salvou. A fuga do rebaixamento também é realidade para outras escolas que subiram em Carnavais anteriores, como a Barroca Zona Sul (10º colocada em 2020 e 2022) e a Acadêmicos do Tucuruvi (11ª colocada em 2022). Já a Gaviões da Fiel vive um momento de oscilação, sem frequentar o topo da tabela há alguns anos, mas deve passar mais um Carnaval sem sustos.