Programa de refinanciamento de dívidas de pessoas físicas a ser lançado neste mês, o Desenrola contará com um fundo garantidor de cerca de R$ 10 bilhões com recursos públicos do Tesouro Nacional.
A afirmação é do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Esse fundo cobrirá eventuais calotes dados por pessoas que participarem do processo de renegociação de dívidas.
Haddad deu a declaração após reunir-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir os detalhes do programa. Com o fundo garantidor nesse montante, o Desenrola deve renegociar até R$ 50 bilhões em dívidas de 37 milhões de pessoas físicas.
O programa será instituído nas próximas semanas por meio de medida provisória. Haddad também informou que o Desenrola, inicialmente concebido apenas para quem ganha até dois salários mínimos, será oferecido para "todas as pessoas negativadas".
"Para esse público [que ganha até dois salários mínimos], haverá aportes do Tesouro Nacional para que os descontos sejam bem relevantes", disse o petista.
Promessa de campanha do atual governo, o Desenrola está sendo desenvolvido pelo secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, e deve ser anunciado oficialmente ainda neste mês de março.
"Todas empresas que aderirem ao Desenrola vão precisar dar desconto", disse Haddad a jornalistas na entrada do Ministério da Fazenda, depois de reunião com Lula no Palácio do Planalto.