O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi o convidado de honra na estreia do programa “Tá na Roda”, neste domingo, 12. Em conversa com jornalistas do Grupo Jovem Pan, o parlamentar afirmou que fez uma “oposição política” ao utilizar uma peruca e discursar na Câmara dos Deputados do Dia Internacional das Mulheres – a fala foi considerada transfóbica. “Foi uma oposição política. Nos Estados Unidos e no Canadá, a legislação foi modificada primeiro na cultura para depois desaguar na política. É uma luta cultural, seja no seriado ou na produção literária. Temos que separar o ativismo LGBT dos homossexuais. Enquanto os homossexuais querem uma aceitação, os ativistas querem uma imposição. Sempre que eu falar a ativista, estou me referindo sobre pessoas que colocam o ativismo acima da racionalidade. Tudo isso que eu defendi, de fato, é o que eu penso. Eu já fiz esse mesmo discurso na Câmara Municipal e também tomei processo do STF, retaliação. O que gerou um pânico nas pessoas, uma dúvida… Vejo que a maneira como você chama a população para o debate ficou conhecida, inclusive internacionalmente. No meu discurso, não dei risada. Fui firme. Não quis lacrar. Não quis ganhar likes. Não estou fazendo campanha política”, declarou.
Nikolas, na ocasião, usou uma peruca loira e afirmou que as mulheres estão “perdendo espaço para os homens que se sentem mulheres”. Neste domingo, o deputado mineiro reafirmou seu posicionamento e deu alguns exemplos. “Basicamente, o que eu pude perceber, é que 95% da população concorda comigo. Quando eu coloco a peruca, que era para elucidar o meu discurso, foi uma forma de chamar atenção. O parlamentar pode usar a atitude performática de várias formas. Mais uma vez: é impressionante como a esquerda está tomando o domínio cultural nas propagandas, no cinema, seriados… Sempre vomitando o ativismo LGBT nas pessoas. Quando eu chamo atenção que as mulheres estão perdendo espaço para homens que se sentem mulheres… A Apple homenageou um homem no Dia das Mulheres. Entre as quatro mulheres indicadas para o prêmio de Mulher do Ano, uma era homem. Elas estão perdendo espaço. Isso está sendo abafado pela esquerda, que é muito mais profissional que a direita. Essa agenda progressista está tomando conta. Eles estão revoltados que eu mostrei isso. Quando eu fiz o mesmo discurso sem a peruca, não teve tanta repercussão. A minha guerra não é só parlamentar, mas também de ser um combativo no âmbito cultural. Não estou defendendo a minha liberdade. Isso não é cortina de fumaça”, continuou.
Após a repercussão do caso, o Ministério Público Federal (MPF) enviou um ofício à Câmara dos Deputados para que seja apurado o discurso proferido pelo deputado. Além disso, um abaixo-assinado com mais de 200 mil assinaturas pede a cassação do parlamentar por transfobia. Apesar disso, Nikolas Ferreira diz não estar com medo. “Eu não sinto medo. Quem deve sentir é quem não o quê comer, o desempregado… Eu sou apenas um político. A nossa luta é dura e exige sacrifícios, mas eu me dispus a entrar nesta guerra. Então, seria injusto me acovardar por conta de pressão da esquerda e dos ativistas. Já passei por isso na minha faculdade. Só estou guerreando em público, o que me ajudou a estar preparado neste momento”, disparou. “Tenho meus posicionamentos firmes. Sei que, quando for necessário, reconhecerei erros. Assim como fiz em relação a uma piada. Quando vejo que levanto uma pauta e deu certo, não tem como tirar uma atitude eficaz sem ter retaliação. Você entra numa guerra para dar tiro e tomar também”, acrescentou.
Depois do caso, Nikolas Ferreira também viralizou por discutir com a ex-BBB Ana Paula Renault dentro de um avião. Segundo o deputado, a jornalista será processada. “Eu estava quieto. Inclusive, eu aceno para ela. Ela me xingou de tudo que é nome. Continuou me seguindo no aeroporto. E não há ninguém da esquerda para me defender. Eu sei que sou uma pessoa exposta. Eu nem sabia quem era erra mulher irrelevante. Foi só uma oportunidade para mostrar a indignação seletiva desse pessoa. Se eu fizesse isso, pediriam cadeia. Vou processá-la! Todos que quiserem questionar meu trabalho, não tem problema. Sou acessível!”, completou.