Nesta quarta-feira (29), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pediu que o presidente da Petrobras Jean Paul Prates reavalie as estratégias de desinvestimento da estatal que estavam suspensas por 90 dias.
Uma análise preliminar do Conselho de Administração da Petrobras em vigor até então decidiu que 5 ativos com contratos pré-assinados continuariam nos planos de venda.
De acordo com a pasta, a reavaliação é necessária por conta do novo conselho da Petrobras, que começou a tomar posse nesta semana. 2 indicados pelo Governo Lula já foram recusados.
“O ministro de Minas e Energia, considerando que as análises realizadas foram preliminares, bem como a nova composição da Diretoria Executiva, eleita cinco dias após a deliberação, solicitou que o Presidente da Petrobras adote as providências necessárias para melhor avaliação do tema, salvo melhor juízo, antes da análise pelo Conselho de Administração, respeitadas as regras de governança da companhia e seus interesses intransponíveis”, diz o pedido.
Entre os ativos que já tem contratos pré-assinados, estão a refinaria Lubnor, no Ceará, o Polo Potiguar, o Polo Norte Capixaba, os Polos Golfinho e Camarupim e os campos de Pescada, Arabaiana e Dentão.
Em uma nota à imprensa, a Petrobras informou que recebeu o comunicado e que vai levar o pedido ao Conselho de Administração para a realização de “estudos mais aprofundados”.
“Diante do exposto, considerando a competência da Diretoria Executiva da Petrobrás para propor ao seu Conselho de Administração a resposta ao MME, solicito, em razão da eleição de nova diretoria, que, mais uma vez, respeitadas as regras de governança dessa companhia e de modo a preservar os interesses nacionais, caso entenda pertinente, seja solicitada a devolução da matéria ao Conselho de Administração para nova apreciação pela Diretoria Executiva com objetivo de serem realizados estudos mais aprofundados”.