O servidor público estadual, lotado na Comarca de Barra do Garças, começou a ser investigado após uma apreensão de drogas ocorrida em meados de 2022 no município.
Um oficial de justiça de 60 anos, foi preso em flagrante pela Polícia Civil nessa quinta-feira (30), em Barra do Garças, suspeito de praticar corrupção passiva, ao solicitar indevidamente valores para praticar ato de ofício.
O servidor público estadual, lotado na Comarca de Barra do Garças, começou a ser investigado após uma apreensão de drogas ocorrida em meados de 2022 no município. A droga era transportada em uma carreta do tipo "cegonha".
De acordo com a polícia, os veículos que estavam sendo transportados na carreta eram de pessoas que não tinham envolvimento com o transporte do entorpecente. Elas apenas contrataram o serviço de transporte dos seus veículos.
Após a devida instrução processual, foi autorizada a restituição dos carros apreendidos aos respectivos proprietários, fato que não demandaria custos para os donos dos automóveis.
Um dos veículos pertencia a uma policial federal, que há época, em decorrência de sua transferência de localidade, contratou o serviço de transporte.
A policial, que é de Brasília, veio à Barra do Garças para buscar seu carro, e no primeiro contato estranhou as tratativas realizadas pelo servidor público.
Ele não havia solicitado valores, de forma direta à vítima, no entanto, em contato com outros proprietários, a policial descobriu que eles tiveram que pagar valores para terem seus veículos restituídos.
Diante da possibilidade de vir a ser vítima de crime de corrupção passiva, ela informou o ocorrido à Polícia Federal, que de imediato acionou a equipe da 1ª Delegacia da Polícia Civil, que possui atribuição de investigar tais fatos.
Ao solicitar a vantagem indevida, no valor de R$ 700,00, o suspeito foi preso em flagrante.
De acordo com a Polícia Civil, o simples fato do servidor público "solicitar" o pagamento indevido de valores, já configura crime, independente da efetivação do pagamento da vantagem financeira indevida.
Após a prisão, outras pessoas narraram que ao buscarem a restituição dos bens apreendidos na mesma carreta, também foram vítimas, pois a elas foram solicitadas vantagens indevidas e realizados pagamentos para resgatarem seus veículos.