O delegado de Cáceres Marlon Richer Nogueira solicitou a prisão preventiva do suspeito
Um homem suspeito de caçar as três onças do vídeo que viralizou na última semana, identificado por João de Deus da Silva, foi preso por uma equipe da Polícia Civil e do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) no início da noite desta sexta-feira (31), na BR-174 em Cáceres (a 225 km de Cuiabá).
Segundo informações apuradas pelo Midiajur, com base no registro policial, o caçador recebia R$ 5 mil por cada onça matada na região de Cáceres. O delegado de Cáceres Marlon Richer Nogueira solicitou a prisão preventiva do suspeito.
Ainda conforme a polícia, ele teria comprado seis cachorros de "orelhas longas", no valor total de R$ 3 mil, supostamente os mesmos que aparecem no vídeo das onças mortas e decapitadas.
No último final de semana, viralizou nas redes sociais um vídeo do resultado de uma caçada ilegal a onças pintadas no Pantanal. Um filhote de onça está amarrado a um galho de árvore, tendo ao lado as cabeças decapitadas de uma onça e um filhote. A informação preliminar é que se trata da mãe e do irmão do felino amarrado.
A prisão do suposto caçador foi possível depois de que a Polícia Civil recebeu uma denúncia de que as onças tenham sido mortas na cidade de Cáceres. Apesar da denúncia, a informação da localização da caçada não foi confirmada.
Investigação em andamento
Os investigadores da delegacia foram a campo verificar as informações e descobriram que a esposa de João contratou um serviço de frete para transportar cachorros semelhantes aos que aparecem no vídeo, de Várzea Grande para Cáceres, no valor de R$ 600.
Ao chegar na cidade de Cáceres, o homem que fez o frete dos cachorros deveria encontrar um homem identificado como Laudelino Luis Neto, que estava em uma caminhonete Ranger branca. Os cães seriam transferidos para este segundo veículo e levados para as fazendas Bahia de Pedra I e II, no município de Cáceres.
A câmera de um posto da Polícia Rodoviária Federal, na BR-174, flagrou os cachorros sendo transportados na carroceria da caminhonete.
Os investigadores da Polícia Civil, junto com militares do Gefron, conseguiram localizar a caminhonete quando passava por uma barreira da fronteira.
Abordados, os policiais identificaram que os cachorros estavam sendo carregados de maneira irregular. Os cães tinham sinais de machucados e estavam amarrados de maneira indevida. Há indícios de que houve maus-tratos.
Laudelino estava dirigindo a ranger branca, enquanto João de Deus estava no banco passageiro. João de Deus foi preso e encaminhado para a delegacia da Polícia Civil de Cáceres. Os cães ficaram com a responsabilidade da polícia.
A Polícia Civil pediu a prisão preventiva de João. Laudelino foi liberado pela polícia depois de prestar depoimento. O caso segue sob investigação na Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema).