Com a oficialização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na indicação de Gabriel Galípolo, atual secretário executivo do Ministério da Fazenda, para o cargo de Diretor do Banco Central (BC), é esperado que o Senado Federal realize às 14 horas da próxima terça-feira, 30, uma sabatina com o economista na Comissão de Assuntos Econômicos. Considerado braço direito do atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), Galípolo teria sido, segundo o petista, a primeira pessoa mencionada pelo cargo pelo próprio presidente do Bacen, Roberto Campos Neto. O executivo negou a escolha, afirmou que a decisão partiu do governo e que soube da decisão pela imprensa, apesar de considerar que Galípolo tem capacidade técnica para assumir o posto, assim como o servidor da instituição financeira apontado para Diretoria de Fiscalização, Ailton Aquino. A ideia de promover os nomes técnicos seria de ajustar a relação – prejudicada – de Lula com o BC, após reiteradas críticas à taxa de juros atualmente estabelecida em 13,75% ao ano. Recentemente, o mandatário afirmou que a Selic no patamar atual é “uma excrescência ao país”. O objetivo da manutenção da taxa de juros num elevado patamar, segundo Campos Neto, é o de controlar o ritmo de alta dos preços e ancorar a expectativa de inflação. Recentemente, Galípolo foi eleito presidente do Conselho de Administração do Banco do Brasil. Entretanto, segundo a Fazenda, caso o Senado aprove o nome do braço direito de Haddad, “o procedimento será pela descompatibilização de Galípolo do cargo no Conselho do Banco do Brasil”.
*Com informações da repórter Katiuscia Sotomayor
Jovem pan