A visita do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, provocou reações no campo econômico do governo. Cotado para uma vaga no Brics, bloco econômico formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, agora o país vizinho será motivo de um grupo de trabalho para “consolidar” e “reprogramar” a dívida junto ao governo brasileiro, de acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “A partir da consolidação dos números, vamos reprogramar o pagamento. Foi disso que a Fazenda foi tratar”, declarou o ministro a jornalistas durante os eventos de recepção a Maduro no Palácio do Planalto. Segundo o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Venezuela não pagou cerca de US$ 722 milhões emprestados pelo Brasil. Há uma parcela de US$ 84 milhões a vencer.
Ainda de acordo com o ministro, as tarefas para avaliar a revisão da dívida envolverá outros ministérios, como o do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e tratará de assuntos ligados ao intercâmbio comercial. Já a pasta de Minas e Energia estará a par das questões envolvendo o suprimento de energia elétrica a Roraima, inclusive, com a possível retomada da compra de fornecimento energético do país vizinho. Durante o encontro com o ditador venezuelano, Lula revelou que desconhecia o valor da dívida, mas disse ter certeza que ela será paga, assim como a de Cuba. “Porque são todos países amigos do Brasil e certamente pagarão a dívida que têm com o BNDES”, justificou. Já Maduro prometeu formar “uma comissão para estabelecer o tamanho [da dívida] e retomar os pagamentos”.
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