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Entenda a reclamação de Medina e outros surfistas brasileiros contra os juízes da WSL

Gabriel Medina, Italo Ferreira e Filipinho estão revoltados com os árbitros da World Surf League (WSL), a Liga Mundial de Surfe.


Gabriel Medina, Italo Ferreira e Filipinho estão revoltados com os árbitros da World Surf League (WSL), a Liga Mundial de Surfe. O descontentamento, é verdade, não é uma novidade, já que os representantes do Brasil reclamam desde antes da Olimpíada de Tóquio-2020. A etapa Surf Ranch, a famosa piscina de ondas do Kelly Slater, no último fim de semana, parece ter sido a gota d’água para os atletas brasileiros. Na ocasião, os representantes do Brasil reprovaram o critério dos juízes na derrota de Medina para Ethan Ewing, nas quartas de final. O tricampeão mundial deu um show, mas foi derrotado para o australiano e gerou revolta na comunidade do esporte. Nas redes sociais, a mãe de Medina chamou o julgamento de “roubo”. Em seguida, outra brasileiro que teria sido prejudicado foi Italo Ferreira, na final contra Griffin Colapinto – o estadunidense ficou com o título. Compare as polêmicas notas das duas baterias abaixo.

Com o resultado, Colapinto disparou na liderança da WSL na temporada, sendo seguido pelos brasileiros João Chianca (Chumbinho), Filipe Toledo (Filipinho), além de Ethan Ewing e Jack Robinson – no momento, os cinco se classificariam para o evento final, que decide o título de 2023. Gabriel Medina está na sexta posição, enquanto Italo Ferreira é apenas o 11º colocado. Restam, no entanto, ainda quatro etapas até a WSL Finals. Através do Instagram, o tricampeão mundial afirmou que a WSL “precisa urgentemente esclarecer seus critérios e aplicar um julgamento justo para preservar a evolução do esporte”. Já Italo, medalha de ouro nos Jogos Olímpico de Tóquio, fez um desabafo e pediu união dos compatriotas. “Aprendo todos os dias que tenho que me construir, melhorar, é um processo contínuo, como atleta, e como ser humano! Parte grande disso é essa união dos meus colegas e amigos brasileiros do tour, e de todos que estão nisso pelo surfe! Mas deixa eu falar da força, a mesma do meu olhar. Essa é a nossa! Plural! E a partir de agora vai se fazer cada vez mais presente, e da maneira mais positiva possível”, destacou.

Apesar das reclamações, o CEO da WSL, Erik Logan, publicou nesta terça-feira, 30, uma nota rebatendo os comentários dos brasileiros. “Nós rejeitamos completamente a sugestão de que o julgamento seja de qualquer forma injusto ou preconceituoso. Essas reclamações não são baseadas em nenhuma evidência”, disparou. “Primeiramente, os critérios de julgamento são fornecidos aos atletas antes de cada competição. Todos os atletas que competiram no Surf Ranch Pro receberam esses materiais no dia 20 de maio. Todos os atletas tiveram a oportunidade de tirar dúvidas sobre os critérios na ocasião. Nenhum dos atletas que fizeram essas declarações, aproveitou essa oportunidade no Surf Ranch Pro. Em segundo lugar, nossas regras permitem que qualquer atleta revise a nota de qualquer onda e receba uma explicação mais detalhada de como foram pontuadas pelos juízes. Esse processo existe há vários anos e é o resultado direto do trabalho com os surfistas, para trazer mais transparência ao processo de julgamento”, acrescentou.

 

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