O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou nesta quinta-feira, 1º, a indicação do advogado Cristiano Zanin para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Zanin foi escolhido pelo presidente para ocupar a cadeira deixada em aberto por Ricardo Lewandowski, que se aposentou neste ano. O advogado atuou na defesa de Lula nos processos da Operação Lava Jato. Em entrevista ao programa Linha De Frente, da Jovem Pan News, desta sexta-feira, 2, o jurista Ives Gandra Martins analisou a indicação de Zanin para a Suprema Corte, dizendo que o advogado mostrou sua competência, mas ressaltando que, em sua visão, o “notável saber jurídico” se tornou um “adorno constitucional”. “Houve uma mudança de perspectiva. O requisito do ‘notável saber jurídico’ passou a ser um adorno constitucional. Se nós analisarmos esses últimos 20 ou 30 anos, era mais um bom profissional que eles procuravam. […] Mas tivemos uma mudança daquele perfil. […] Considero o Zanin um excelente advogado, mostrou sua competência e serenidade em momentos difíceis, o que o advogado deve ter. […] O que está faltando, ao meu ver, na visão dos presidentes, é a indicação de figuras notáveis. Têm que ser acima. É assim que eu compreendi sempre, desde que estudei direito. […] Esse notável teria que ser algo bem respeitado”, afirmou Gandra. Em seguida, o jurista disse acreditar que Zanin será um bom ministro. “Eu tenho a impressão de que ele vai ser um bom ministro, foi um bom advogado. Vai ter o seu período de adaptação, mas vai ser nessa nova linha do Supremo, que, ao meu ver, não foi aquela de 1988. Admiro-os todos, mas o perfil deles é diferente hoje”, concluiu o jurista.
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