Milhares de espanhóis saíram às ruas de Madrid no último sábado (24), contra a implementação da Agenda 2030 da ONU no país. Os manifestantes, que marcharam do centro de Madrid até o Ministério dos Direitos Sociais, prometeram desobediência civil para barrar os avanços da agenda 'progressista' global.
Apesar do grande número de manifestantes, a imprensa espanhola abafou o assunto. Os poucos veículos locais que noticiaram a ação popular a rotularam de "protesto da extrema-direita" e "protesto negacionista", dando um tom de ilegalidade ao ato. O Jornal El Plural, por exemplo, afirmou que os manifestantes receberam apoio de "xenófobos de extrema-direita".
Protesters march against UN 2030 Agenda in Madrid
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— RT (@RT_com) June 26, 2023
Não é novidade — ao menos para a maioria dos meus leitores — que a mídia trabalha em sintonia com parte do judiciário para deslegitimar e até criminalizar qualquer indivíduo ou movimento que se atreva a fazer oposição ao caos 'progressista'. No Brasil, a perseguição à direita conservadora, que antes se restringia ao âmbito cultural, atingiu patamares ditatoriais quando o Supremo instaurou o "Inquérito do Fim do Mundo", em 2019, e instituiu um Estado policialesco que acabou por aniquilar a resistência conservadora ainda no ninho. O 'assassinato' do movimento conservador aconteceu com a contribuição fundamental do famigerado Centrão, que em pouco tempo assumiu o papel político do PSDB no velho teatro das tesouras, alçando ao status de oposição figuras da velha política historicamente parceiras do petismo — e que em um passado recente eram rejeitas pelo povo — como Ciro Nogueira (PP) e Valdemar da Costa Neto (PL). Essa movimentação no tabuleiro político jogou o conservadorismo cristão para o balaio do 'extremismo' e colocou a centro-esquerda na caixinha da 'nova direita' (a oposição permitida). Era tudo que o PT e seus asseclas desejavam: uma “oposição” que não se opõe.
Ainda que rasa, essa leitura do cenário caótico pós-ditadura suprema é necessária para entendermos a apatia popular diante de algo tão perverso como a Agenda 2030.
Afinal, quem está liderando a resistência à ditadura? Quem está disposto a proteger as crianças brasileiras da sexualização precoce, da doutrinação comunista e da desconstrução de 'gênero'?
Para o desespero de muitos, a resposta para essas perguntas é a mesma: ninguém, ninguém e ninguém.
Os poucos parlamentares que se propuseram a representar a direita no Congresso, estão pedindo clemência aos inimigos com receio de terem seus mandatos cassados ou pior, de terem o mesmo destino do ex-colega Daniel Silveira, condenado a quase 9 anos de prisão por um vídeo malcriado contra ministros da Suprema Corte. O ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi eleito em 2018 carregando consigo os anseio políticos da direita conservadora, deixou claro recentemente que para ele as eleições de 2022 são “página virada” e que busca 'paz', apesar da esquerda ter declarado guerra sem trégua contra seus aliados e eleitores.
Fato é que não restou pedra sobre pedra na política. Na mídia e nas redes sociais, o cenário também é de terra devastada. Portais conservadores foram perseguidos até fechar. Até mesmo grandes emissoras como a Jovem Pan — que convenhamos nunca teve viés conservador — está sentindo o peso do autoritarismo. Bastou abrir espaço para comentaristas mais à direita para virar alvo. Nem mesmo o recuo — vergonhoso — na programação e a demissão de praticamente todos os jornalistas 'não-esquerdistas' foi capaz de livrar a rádio da perseguição. Agora, a Jovem Pan corre o risco de perder a concessão após um pedido do Ministério Público Federal (MPF).
Com as cabeças dos 'rebeldes' expostas em praça pública para servir de exemplo, a reação imediata do povo foi a inércia completa e o silêncio sepulcral. Quem consegue prestar atenção em Agenda 2030 quando todos ao seu redor estão sendo censurados, processados ou presos?
Enquanto o povo é adestrado pelo medo como um cachorrinho, a esquerda acelera seus objetivos sem encontrar o menor resquício de resistência. A falsa oposição finge que bate, o regime Lula vez ou outra finge que apanha e quem poderia 'bater' de verdade (politicamente e culturalmente) é marginalizado, perseguidos e excluídos do jogo.
Por que a Agenda 2030 da ONU é uma ameaça?
Em seu primeiro ano de mandato, a deputada estadual Ana Campagnolo resumiu os malefícios da Agenda 2030 — conjunto de 17 objetivos a serem implementados no mundo até o ano de 2030 — e das pautas promovidas pela ONU.
"A ONU apoia o desarmamento civil, tendo este produzido o Estatuto do Desarmamento, cuja vigência só fez aumentar o número de homicídios com e sem armas de fogo ao garantir que o cidadão cumpridor da lei esteja desarmado perante a criminalidade. Apoia o desencarceramento em massa, como se num país em que mais de 90% dos casos de homicídios — 59.103 só em 2017 — sequer são investigados, prendesse muito. Apoia a desmilitarização da polícia como meio de sequestrar sua hierarquia e disciplina, além de quebrar a espinha dorsal dos estados e das Forças Armadas.
Apoia a descriminalização do aborto em nome da saúde do sexo feminino, ignorando que metade dos bebês assassinados nos quase 5 milhões de abortos mundialmente praticados até então no ano vigente são do mesmo sexo.
Com a famigerada Agenda 2030, as estratégias de desestabilização e controle de soberanias nacionais por parte de um governo mundial ganham nomes e causas nobres para camuflar velhos conhecidos: o aborto está inserido em direitos sexuais e reprodutivos; ideologia de gênero em equidade de gênero e a submissão de recursos e território em desenvolvimento sustentável. A chave para entender sucessivas investidas está na palavra controle: controle populacional, social, financeiro e territorial", afirmou a parlamentar.
As informações citadas pela deputada seriam facilmente classificadas como fake news pelos ditos chocadores de fatos, como o Estadão Verifica ou até mesmo pelo instituído Ministério da Verdade. Na teoria, a Agenda da ONU propõe 17 lindos e inocentes objetivos para melhorar o mundo e promover a igualdade e a justiça social através de diretrizes globais. Na prática, a história é diferente. Como citado por Campagnolo, a organização promove pautas de mudanças comportamentais, desestabilização social e controle de soberanias nacionais usando nomes bonitos como “igualdade de gênero”, “fim da pobreza”, “empoderamento feminino”, “consumo e produção responsáveis”.
Espanha exibe painel contra agenda globalista em Madrid
O partido de direita Vox expôs um painel gigante em Madrid contra movimentos de esquerda. Na imagem, uma mão com uma pulseira com as cores da bandeira da Espanha joga símbolos do feminismo, comunismo, movimento LGBT, Agenda 2030 no lixo tem escritas as palavras: “imposição”, “insegurança”, “divisão”, “pobreza”, “abandono”.
A exposição gerou revolta na militância esquerdista, que nomeou o painel de “lona do ódio”. Antes do painel ser censurado e removido por decisão da Justiça, na tarde desta terça-feira (28), militantes de um grupo vegano de extrema-esquerda o vandalizaram jogando tinta vermelha e preta sobre ele e exibiram a bandeira LGBT em protesto.
| Bochornoso espectáculo de un grupo de activistas veganos después de vandalizar la lona de VOX en Madrid con pintura. La extrema izquierda ha pasado en 10 años de rodear el congreso a mandar a un deconstruido con las uñas de colores a pintar una lona. pic.twitter.com/aqvX6ylpIn
— ???Q??s (@herqles_es) June 25, 2023
GAZETA BRASIL