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França

Irã repreende França por protestos violentos

O Ministério das Relações Exteriores iraniano pediu neste domingo (2) ao governo francês que tenha cautela e moderação ao lidar com os contínuos protestos generalizados e tumultos em todo o país.


O Ministério das Relações Exteriores iraniano pediu neste domingo (2) ao governo francês que tenha cautela e moderação ao lidar com os contínuos protestos generalizados e tumultos em todo o país. Também pediu aos cidadãos iranianos que evitem viajar para a França, citando as condições lá.

"Assim como no passado, aconselhamos o governo francês e a polícia a atender às demandas dos manifestantes, ao mesmo tempo em que exercem moderação e evitam a violência", afirmou o porta-voz do ministério, Nasser Kanaani.

Kanaani também sugeriu que a agitação na França, bem como a situação em outras nações europeias não especificadas, decorreu de um suposto "tratamento discriminatório" dos migrantes e da relutância dos respectivos governos em lidar com isso. Ele também pediu a Paris que respeite os direitos básicos do povo e permita que "protestos pacíficos" continuem sem impedimentos.

“Espera-se que o governo francês ponha fim ao tratamento violento de seu povo, respeitando os princípios da dignidade humana, liberdade de expressão e o direito dos cidadãos a protestos pacíficos”, disse o regime iraniano.

Além de pedir às autoridades francesas que tenham cautela ao lidar com o caos, Teerã também pediu a seus cidadãos que se abstenham de fazer "viagens desnecessárias" à França enquanto a situação de segurança permanecer questionável.

A violência na França foi desencadeada pelo tiroteio fatal de Nahel M. durante uma parada de trânsito no subúrbio parisiense de Nanterre no início desta semana. O jovem de 17 anos foi mortalmente ferido à queima-roupa, morrendo pouco depois.

O incidente desencadeou protestos furiosos e tumultos em todo o país, com propriedades e carros sendo destruídos e vários prédios públicos sendo atacados por multidões turbulentas. Com centenas de pessoas presas e mais de 45.000 policiais nas ruas, o governo francês ainda não conseguiu conter a agitação. Além disso, a violência já se espalhou para países vizinhos, incluindo Bélgica e Suíça.

GAZETA BRASIL

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