O Partido Comunista da Venezuela (PCV) denunciou neste domingo uma “nova manobra antidemocrática” para solicitar a intervenção de sua organização política ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), responsabilizando grupos “a serviço do governo” e do partido oficialista Partido Socialista Unido (PSUV).
O Partido Comunista da Venezuela (PCV) denunciou neste domingo uma “nova manobra antidemocrática” para solicitar a intervenção de sua organização política ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), responsabilizando grupos “a serviço do governo” e do partido oficialista Partido Socialista Unido (PSUV).
“Um grupo de mercenários a serviço do governo-PSUV está se preparando para solicitar -nas próximas horas- ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) a intervenção ilegal do Partido Comunista da Venezuela”, denunciou o partido em uma mensagem publicada em sua conta do Twitter.
No final de fevereiro, um total de 45 organizações comunistas de todos os continentes condenaram o que consideram um “plano para assaltar e intervir no PCV” por parte do Estado, conforme comunicado divulgado então pelo partido político do país caribenho.
De acordo com o PCV, que denuncia esse plano há anos, os ataques ocorrem de várias maneiras, e seu objetivo é a intervenção da diretoria nacional do partido, por ter se desvinculado da política do ditador Nicolás Maduro à frente do governo.
A liderança do PCV denunciou, em várias ocasiões, as ações do Estado contra o partido, como a desqualificação de seu candidato para repetir as eleições no estado de Barinas – berço de Hugo Chávez -, que foram realizadas em 9 de janeiro de 2022.
Esta semana, o PCV afirmou que a ditadura de Maduro usa essas desqualificações administrativas como “um instrumento para neutralizar e anular” atores políticos na nação caribenha.
Nos últimos anos, a ditadura chavista, com o claro objetivo de ter o caminho livre para uma vitória segura, implementou a mesma estratégia em cada processo eleitoral: desqualificações e proscrições de candidatos e intervenção em diferentes partidos. Isso ocorreu com a grande maioria dos espaços da oposição: o primeiro passo é afastar o opositor melhor posicionado na corrida eleitoral e, em seu lugar, é colocado um líder próximo ao chavismo, mas que se autoproclama opositor.
Com vistas às eleições presidenciais do próximo ano, a ditadura de Maduro já começou com suas clássicas manobras. No dia 30 de junho, a Controladoria Geral da Venezuela informou sobre a inabilitação de María Corina Machado, que a impede de ocupar cargos públicos de eleição popular durante 15 anos.