Nesta quarta-feira (12), a Polícia Civil está realizando uma operação em três estados brasileiros contra um falso grupo de investimentos suspeito de ter enganado várias vítimas com a promessa de retornos financeiros elevados. Até o momento, a polícia já identificou 11 suspeitos envolvidos no grupo criminoso. A operação ainda está em andamento e, até o momento, oito pessoas foram presas. Houve apreensão de dinheiro, documentos e carros de luxo.
O delegado Heleno dos Santos, responsável pela investigação, informou ao veículo que estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão temporária, 21 mandados de busca e apreensão em residências, 19 mandados de busca e apreensão de veículos, além de bloqueio de contas bancárias e imóveis de diversas pessoas físicas e jurídicas. No estado de Santa Catarina, onde a maioria dos integrantes do grupo criminoso reside, os mandados estão sendo cumpridos em várias cidades.
“As vítimas foram atraídas a integrarem grupos virtuais de ‘investimentos financeiros’ muito lucrativos, geridos a partir de uma duvidosa plataforma digital de investimentos online denominada ‘gênesis.net’, nome 'copiado', em parte, de uma empresa do ramo financeiro denominada ‘Gênesis Investimentos’, que não tem relação nenhuma com a investigação, sendo uma empresa regular no ramo de investimentos”, disse o delegado Santos.
No estado do Rio Grande do Sul, os mandados estão sendo cumpridos na cidade de Santo Antônio das Missões, no Norte do estado, onde o grupo criminoso concentrou suas atividades por alguns meses. Além disso, ainda há mandados sendo executados em três endereços na cidade de São Paulo, onde um dos integrantes do grupo reside, de acordo com a Polícia Civil.
De acordo com o delegado Santos, várias vítimas dos estelionatários procuraram a Polícia Civil para reclamar de uma empresa que prometia investimentos no mercado de ações, com a promessa de altos ganhos. As vítimas eram incentivadas a instalar o aplicativo “genesis.net” em seus celulares e cadastrar seus dados pessoais. Em seguida, recebiam um link para entrar em grupos de WhatsApp, onde eram orientadas sobre como investir e pressionadas a fazer aplicações rapidamente, assim que os falsos consultores recebiam informações privilegiadas sobre momentos ideais, geralmente curtos, para investimentos altamente lucrativos.
O dinheiro destinado aos investimentos era transferido para contas de criminosos, principalmente fora do país. Os bandidos se certificavam de que as transações parecessem ser feitas por sites e aplicativos seguros. Há suspeita de que eles tenham criado pelo menos três empresas falsas para desviar o dinheiro obtido das vítimas.
GAZETA BRASIL