A Espanha encara a última semana antes das eleições do próximo domingo, 23, com os partidos focando nos eleitores indecisos, que podem chegar a 20% do total e nos 2.
A Espanha encara a última semana antes das eleições do próximo domingo, 23, com os partidos focando nos eleitores indecisos, que podem chegar a 20% do total e nos 2.622.808 solicitações de voto por correspondência dos espanhóis, que estarão em um período de férias atípico. No dia 23 de julho, o país decidirá se continua a ser governada pelo progressista Partido Socialista, do atual presidente do governo, Pedro Sánchez – com o apoio quase certo e necessário da coalizão de esquerda Sumar, de Yolanda Díaz -, ou se depositará a sua confiança no conservador Partido Popular de Alberto Núñez Feijóo – que também deverá contar com outro partido, o ultradireitista Vox de Santiago Abascal. Segundo as pesquisas, às eleições devem devolver o poder à direita e fortalecer o domínio dos partidos conservadores na União Europeia. Sánchez está no poder desde 2018.
Quase 37,5 milhões de espanhóis estão convocados às urnas para escolher entre, como sugerem as pesquisas, um bloco de esquerda ou um bloco de direita. As numerosas consultas divulgadas nos últimos dias revelam a divisão interna do país, entre as propostas de PSOE e Sumar, que defendem o que foi feito durante a coalizão da última legislatura, e as do PP e Vox, conservadoras e criticadas por grupos feministas e LGBT+. Neste domingo, o presidente do governo e candidato socialista, Pedro Sánchez, defendeu a sua gestão e a melhoria da convivência na Catalunha durante um comício em Barcelona, no qual pediu o voto das mulheres, dos jovens e dos indecisos a favor de “uma Espanha que avança unida na sua diversidade”. “Só peço um último esforço e àqueles que estão indecisos, que têm claro que vão votar, votem no PSOE, vejam: um dia para votar e quatro anos de progresso”, disse Sánchez perante cerca de 3.000 pessoas, segundo fontes do seu partido.
Por seu lado, o candidato do PP defendeu, também neste domingo, em Logroño, a luta por um objetivo: os vinte lugares em jogo em 18 províncias que são decisivos para que os assentos não vão para o PSOE devido à dispersão dos votos. Feijóo incentivou a população a votar, avisando que “a abstenção é um voto para que (Pedro) Sánchez fique”. O líder do Vox, cujas pesquisas preveem uma perda de assentos neste domingo, defendeu um “verdadeiro voto útil” e insistiu que só o voto nete grupo permitirá que Pedro Sánchez seja expulso, e não o do PP. Yolanda Díaz, candidata do Sumar e atual segunda vice-presidente do governo, criticou a política econômica do PP, dizendo que quer recuperar “o modelo de precariedade”, com “trabalhadores descartáveis”. “Votem no Sumar no dia 23 de julho para que nenhum espanhol do nosso país fique na miséria”, afirmou.
*Com informações das agências internacionais